quinta-feira, julho 15, 2021

Quatro regiões do Estado no foco do 3º encontro Fala Pernambuco

Empreendedora cultural de Triunfo, Elis Almeida (Foto: Evane Manço / Alepe)

O projeto “Fala Pernambuco”, uma parceria da Assembleia Legislativa com o SEBRAE, realizou nesta quarta-feira (7) seu 3º encontro para ouvir as demandas de regiões como Sertão Central, Pajeú, Moxotó e Itaparica. Os apelos dos representantes regionais se concentraram em ações nas áreas de infraestrutura, desburocratização e incentivo ao empreendedorismo.
Ao destacar a importância do turismo, a empreendedora cultural da cidade de Triunfo, Elis Almeida, ressaltou a necessidade de melhoria em estradas, fornecimento de água e oferta de serviços públicos. Ela chamou a atenção para a falta de segurança dos turistas que lidam com estradas ruins e mal sinalizadas, problema que não se restringe à questão viária, mas ao medo de possíveis assaltos.

Segundo a empreendedora, importantes rotas turísticas integradas da região estão inviabilizadas pelas precárias condições das estradas. É o caso do roteiro que leva turistas de Triunfo a cidades como Jatobá (Sertão de Itaparica), São José do Belmonte (Sertão Central) e Flores (Pajeú). Uma das reivindicações para a área é o investimento no Aeroporto de Serra Talhada com a criação de novos destinos. O setor produtivo sertanejo defende a conclusão das obras de extensão da pista de pouso, que por ora só atende a aeronaves comerciais com até nove passageiros.

“Precisamos adequá-lo (o aeroporto) para aeronaves de maior porte. Com pequenos aviões, as passagens ficam mais caras e inviabilizam o acesso para muitas pessoas”, alertou a comerciante de Serra Talhada, Magna Bezerra de Melo, e porta voz das demandas da região.

Edmundo Souza, representante do Sertão de Itaparica e do AD Líder, programa de lideranças empresariais mantido pelo SEBRAE, ressaltou as reivindicações do Agronegócio. Uma das maiores defesas do setor é a simplificação da regulação ambiental e da vigilância sanitária para empreendimentos e produtos.

“Regularizar um poço para a produção agrícola pode custar até R$ 10 mil. E no caso da agropecuária, há vários abatedouros fechados, por questão de saúde pública, levando a produção para abate clandestino. Uma alternativa seria criarmos uma regulamentação específica para abate de caprinos e aves”, sugeriu.

O segmento industrial, também representado no encontro, solicitou a melhoria da prestação dos serviços de cartórios e da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) que, segundo relato, mantém há seis meses empresas no aguardo de nova ligação de energia.

O “Fala Pernambuco” tem o objetivo de elaborar um diagnóstico com sugestões de medidas voltadas para o desenvolvimento econômico de cada região do Estado, principalmente para o atendimento de demandas dos micro empreendedores. Nos dois primeiros encontros, foram ouvidas as demandas dos sertões do Araripe e São Francisco. A próxima região será o Agreste Central no dia 21 de julho.

O presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PP), voltou a enfatizar a necessidade de unir forças, sobretudo no momento difícil que vivemos. “A Alepe jamais poderia ficar inerte. Por isso criamos esse importante projeto, em parceria com o SEBRAE, e a partir deste mapeamento, vamos propor medidas ao governo do Estado e uma agenda legislativa que contemple a cadeia produtiva local e as particularidades de cada região”.

Por Diário de Pernambuco

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