Seja no tapete vermelho, ou em outros eventos organizados, Fátima tem se destacado à frente da associação Café com Arte, na região sertaneja, produzindo peças com couro da tilápia, peixe tradicional no São Francisco. Ela mesmo teve a ideia de criar os primeiros materiais com tilápia ao ver a pele do peixe sendo jogada e desperdiçada no mercado público de Petrolândia, onde mora. O município é famoso pela imagem da igreja submersa nas águas do rio que parece mar.
Fafá começou a trabalhar com artesanato em 1990 para conseguir uma renda extra para sustentar a família de dois filhos. “Eu comecei com pinturas em tecidos e bolsas e vendia nos carnavais fora de época aqui no município”, disse. Ela ainda contou como o sonho de fabricar bolsas e calçados começou. “Eu via as peles indo para o balde para o lixo e aquilo me doía. Então, imaginei que deveríamos criar um produto com a cara de Petrolândia. Conversei com Eduardo Campos, quando ele esteve aqui, em 2006, ele sorriu, porque eu falei da pele jogada no lixo, não acreditou que eu queria usar algo que era descartado. Mas logo recebemos o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, do Sebrae e do Governo de Pernambuco”, lembrou. “A ideia foi minha, orgulhosamente”, frisou.
Segundo Fafá, como é chamada carinhosamente, a Associação Café com Arte tem 25 mulheres. Elas também trabalham com o couro do bode e todos os produtos feitos com a pele do peixe têm forro de couro de bode, outro animal característico da região. “Nosso desafio é comercializar o produto em tempos de pandemia”, declarou. “O programa precisa continuar”, acrescentou, mencionando que outros municípios também se beneficiaram como Floresta e Tacaratu.
Viúva há dois anos, ela segue firme nos sonhos de ampliar seu negócio e ajudar novas mulheres do interior, que, de acordo com ela, ora sofrem com depressão, ora enfrentam problemas domésticos. “O Sebrae vestiu carinhosamente a camisa da gente e o Governo do Estado também”.
A empreendedora destacou que as participantes do Valorizando a Pele aprenderam modelagem, curtimento e tingimento de couro. “A gente aqui pega mulheres depressivas, com problemas familiares, a gente procura fazer essa junção, a mulher dá esse valor e a gente dá o apoio até onde a gente pode. O curso muda a vida das mulheres”. O Valorizando a Pele beneficia direta e indiretamente 140 pessoas.
A empreendedora destacou que as participantes do Valorizando a Pele aprenderam modelagem, curtimento e tingimento de couro. “A gente aqui pega mulheres depressivas, com problemas familiares, a gente procura fazer essa junção, a mulher dá esse valor e a gente dá o apoio até onde a gente pode. O curso muda a vida das mulheres”. O Valorizando a Pele beneficia direta e indiretamente 140 pessoas.
Por Aline Moura
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