segunda-feira, julho 12, 2021

'Nunca deixou de existir', dispara Rodrigo Novaes sobre aliança PT-PSB


Apesar das farpas trocadas nas eleições de 2020 pela prefeitura do Recife, O Secretário de Turismo de Pernambuco e deputado estadual licenciado pelo PSD, Rodrigo Novaes, defendeu que o laço entre o PT e o PSB nunca deixou de existir. "Essa aliança nunca deixou de existir. Havendo essa união em nível nacional, evidentemente haverá também no campo local”, assinalou. As declarações foram dadas ao programa Manhã na Clube, da Rádio Clube AM 720, apresentado pelo titular da coluna Diario Político, Rhaldney Santos.

"Houve um distanciamento, é natural que os discursos fiquem mais acirrados”, justificou o Secretário, sobre a disputa entre os petistas e os socialistas em Recife, mas reforçou que as siglas nunca romperam laços e a aliança nunca se desfez. Além do PT, o Secretário afirmou que todos os partidos que não concordam com o governo Bolsonaro deveriam se juntar neste momento. “Não só PT com PSB, acho que deveria ter o PSDB junto conosco, o PDT continuar na aliança e todos os outros partidos que não concordam com o que acontece hoje no governo federal”, comentou. “O que nos une hoje é algo muito mais forte do que qualquer diferença que possa existir entre os partidos”, complementou o secretário.

Em relação ao PSB em Pernambuco, Rodrigo ressaltou que a sigla teria muitos “quadros e pessoas comprometidas” para entrar na corrida, mas que o ex-prefeito do Recife, Geraldo Júlio, se despontava entre as opções. “A gente enxerga em Geraldo a pessoa capaz de conduzir-se a esta disputa. Mas estamos aguardando que as conversas se iniciem”, ponderou.

Sob contextos nacionais, o secretário não enxerga outro caminho que não seja a polarização entre Bolsonaro e Lula. “Justamente pela falta de união da terceira via. Diante do radicalismo que se encontra o país eu acho que a gente caminha para Bolsonaro X Lula inevitavelmente”, comentou. Para Rodrigo, a terceira via não teria chance de derrotar qualquer um dos dois candidatos sem uma união. “Eu acho muito difícil a realização de uma terceira via, embora exista o sentimento de recusar os extremos”, assinalou. Se a chamada terceira via conseguir se articular de maneira conjunta, o deputado acredita que a força política terá condições de prejudicar Bolsonaro na corrida eleitoral. “Se ocorrer a união da terceira via pode acontecer um evento que pode colocar em risco a candidatura de Bolsonaro”, explicou. “ Acho que pode surgir uma força capaz até de tirar ele do segundo turno, não é algo simples, mas pode acontecer”, complementou o Secretário de Turismo de Pernambuco.

Por: Ananda Barcellos - Diário de Pernambuco

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