Mais um cigano suspeito de envolvimento na morte de dois policiais militares em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, morreu na manhã desta sexta-feira (30) em confronto com a Polícia Militar na cidade de Anagé, município vizinho. Ele foi identificado como um adolescente de 17 anos, segundo informações do Instituto Cigano do Brasil (ICB).
No dia 13 de julho, dois PMs, identificados como Luciano Libarino Neves, de 34 anos, tenente, e Robson Brito de Matos, de 30 anos, soldado, foram mortos a tiros no distrito de José Gonçalves. Segundo a polícia, os dois foram cercados por um grupo de seis pessoas, que deflagraram tiros.
No dia 13 de julho, dois PMs, identificados como Luciano Libarino Neves, de 34 anos, tenente, e Robson Brito de Matos, de 30 anos, soldado, foram mortos a tiros no distrito de José Gonçalves. Segundo a polícia, os dois foram cercados por um grupo de seis pessoas, que deflagraram tiros.
De acordo com a SSP-BA, o homem tentava invadir casas na localidade de Lagoa Grande e foi denunciado por moradores. Na ocasião, foram apreendidos um revólver calibre 38, munições e uma faca do tipo peixeira.
Ainda conforme a SSP-BA, houve uma troca de tiros entre ele e os policiais e o homem acabou ferido. Ele foi socorrido para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo informações da polícia, o suspeito estava no confronto de quarta-feira (28), com outros três ciganos que morreram após atirar contra equipes das polícias Militar e Civil, mas havia conseguido fugir. Com o trio foi recuperada a pistola do soldado Robson Brito de Matos, roubada após ele ser executado.
Por meio de nota, a SSP-BA informou que pauta suas ações dentro da legalidade e, neste contexto, está adotando todas as medidas para elucidar os assassinatos do soldado Robson Brito Marques e do tenente Luciano Libarino Neves, mortos em serviço, em Vitória da Conquista.
A pasta disse ainda que não compactua com excessos e que está à disposição para recepcionar qualquer tipo de denúncia sobre má conduta policial por meio das Corregedorias, Ouvidorias e também do Disque Denúncia da SSP-BA, através do 181.
Por determinação da SSP-BA, todas as resistências ocorridas contra ciganos após a morte dos policiais estão sendo acompanhadas pela Corregedoria da PM.
O que diz o Instituto Cigano do Brasil
O Instituto Cigano do Brasil (ICB) avalia a situação como "rastro de sangue, torturas, ameaças e violência".
Por meio de nota, o ICB disse que mais um cigano foi morto pela polícia e que 10 pessoas já foram mortas, sendo oito ciganos, entre elas um adolescente de 13 anos, e outras duas que não são ciganas, um jovem de 15 anos e um empresário de 39 anos.
Ainda na nota, o ICB salientou que o caso merece criteriosa averiguação das autoridades quanto à atuação de integrantes da polícia que estão envolvidos nas diligencias dos fatos, pois a violência e as violações de direitos têm sido constantes.
O ICB ainda defendeu que os Inquéritos Policiais Militares (IPM) sejam conduzidos pela Corregedoria da Polícia e não pelos Batalhões aos quais pertencem os policiais militares.
O instituto solicitou também que apurem com rigor os acontecimentos em Vitória da Conquista, assim como modifiquem os procedimentos de intervenção policial, para que sejam evitadas mais mortes.
As informações divulgadas apontam, segundo o ICB, uso desproporcional da força e indicam desrespeito a uma série de princípios internacionais sobre a conduta adequada a funcionários responsáveis pela aplicação da lei.
Por TV Bahia e G1 BA
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