Todos os onze ministros votaram a favor da manutenção da competição: Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Rosa Weber, Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Nunes Marques. Edson Fachin concordou, mas impôs protocolos sanitários para o evento. Os magistrados podem inserir os votos no sistema virtual da Corte até as 23h59.
Com a decisão, o início da competição fica mantido para domingo (13), com quatro cidades-sede confirmadas: Brasília, Rio de Janeiro, Cuiabá e Goiânia.
O Supremo analisou três ações distintas. Uma delas é da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, que pede a suspensão da competição em caráter liminar por conta do risco de aumento de casos e mortes por Covid-19. Os ministros votaram em unanimidade pela realização da Copa neste caso.
A outra, do PSB (Partido Socialista Brasileiro), que teve 9 votos a 2, defendeu que sediar o evento viola os direitos fundamentais à vida e à saúde. Ambas, da Confederação e do PSB, foram relatadas pela ministra Cármen Lúcia.
A terceira ação, apresentada pelo PT (Partido dos Trabalhadores), teve como relator o ministro Ricardo Lewandowski. No pedido, o partido também argumenta que a autorização do evento no Brasil viola o direito à saúde. O ministro Marco Aurélio afirmou que a ação do PT não podia entrar com a ação. Ele foi seguido pelos ministros Nunes Marques, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Rosa Weber e Cármen Lúcia. O placar terminou em 6 a 5.
O país receberá as partidas após as anfitriãs originais, Argentina e Colômbia, desistirem de abrigar a competição em razão da pandemia e de uma situação política conturbada, respectivamente. A mudança de sede foi anunciada pela Conmebol no último dia 31 e gerou controvérsia.
Para o PSB, a entrada de estrangeiros no país poderia aumentar a transmissão da Covid-19 e a chegada de novas variantes.
Dez delegações participarão da primeira fase, o que totaliza cerca de 650 pessoas, entre jogadores e comissões técnicas, de acordo com o Ministério da Saúde. O ministro Marcelo Queiroga, porém, avaliou que o campeonato não posa "risco adicional".
Com informações de Gabriele Varella e Rafaela Lara, da CNN em Brasília e em São Paulo
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