terça-feira, junho 22, 2021

Caso Lázaro: Carro incendiado em Girassol pode ter sido usado por serial killer

Policiais encontraram na manhã desta terça-feira o veículo abandonado na saída do distrito de Cocalzinho de Goiás

Um carro incendiado encontrado por policiais na manhã desta terça-feira pode ter sido usado pelo serial killer Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos, foragido há duas semanas e alvo de uma megaoperação que conta com 270 policiais. O veículo abandonado foi localizado na saída do distrito de Girassol, no sentido de Cocalzinho de Goiás. A caçada ao criminoso tem ainda o apoio de drones, câmeras de visão noturna e térmica e cães farejadores, além de uma equipe de cavalaria, helicópteros e drones.

Equipes da força-tarefa montada para capturar o bandido fazem incursões no local e investigam se existe algum vestígio de que o carro tenha sido usado por Lázaro, segundo o Correio Braziliense. As buscas pelo serial killer apontado como autor de uma chacina no Distrito Federal completam duas semanas hoje.

Durante a operação, os agentes já haviam se deparado com outros objetos atribuídos ao criminoso, entre eles uma carta e velas de sete dias. A carta, escrita com caneta vermelha em um papel A4, falava sobre morte com menções a falas de um personagem da trilogia "Senhor dos Anéis: "Muitos que vivem merecem morrer, alguns que morrem merece (sic) viver".

Os policiais também encontraram oferendas e velas, supostamente deixadas pelo criminoso na região de Edilândia e Cocalzinho. Uma das velas estava acompanhado por um pedaço de papel com o nome completo do serial killer. Ela foi localizada dentro de um cupinzeiro no meio da mata.

— Lá nesse local do milharal, tinha um despacho com o nome dele, mas com uma vela dessas mais grossas de sete dias já queimada pela metade. A gente não sabe nem se foi ele que fez, mas ele estava ali — disse o secretário de segurança pública de Goiás, Rodney Miranda, em coletiva.

Buscas por Lazáro

Nesta segunda-feira, surgiu a informação de que um homem parecido com Lázaro foi visto mancando. De acordo com o "G1", a denúncia foi feita por uma moradora de uma chácara no limite de Águas Bonitas, em Águas Lindas de Goiás, e Cocalzinho. Ela contou que a família foi acordada na madrugada por latidos de cachorros. Quando eles chegaram ao quintal, viram um homem com uma mochila nas costas, mancando.

Durante o fim de semana, personagens conhecidos por participação em outras ocorrências marcantes no país chegaram para reforçar a força-tarefa montada para prender Lázado. O agente Lucas Valença, que ficou conhecido como "hipster da Federal" após atuar na Lava-Jato durante a prisão do ex-deputado Eduardo Cunha, chegou à escola onde foi montada uma base das forças de segurança, informou o "Correio Braziliense". A border collie Cristal, cadela que participou das buscas a vítimas durante a tragédia de Brumadinho, também se juntou ao grupo que procura pelo criminoso na região de mata, segundo o "G1".
'Troca de tiros'

Na última quinta-feira, houve uma nova troca de tiros envolvendo Lázaro e a polícia, e um novo cerco ao criminoso foi montado nesta sexta. O confronto foi o segundo envolvendo Lázaro num intervalo de dois dias. Havia suspeitas de que o serial killer tenha ficado ferido, já que um dos cães farejadores que participam da força-tarefa achou um pano com marcas de sangue. No mesmo dia, foi anunciado que 20 agentes da Força Nacional foram acionados para reforçar as buscas, mas eles não devem mais ir ao local.

— Houve oferecimento. No primeiro momento, coloquei que não haveria necessidade porque outros estados podem precisar, como Amazonas. Ele disse que tem tropa de 20 policiais de pronto emprego, mas essa tropa não veio. Creio que foi mobilizada para outro lugar — explicou o secretário.

Durante o fim de semana, personagens conhecidos por participação em outras ocorrências marcantes no país chegaram para reforçar a força-tarefa montada para prender Lázado. O agente Lucas Valença, que ficou conhecido como "hipster da Federal" após atuar na Lava-Jato durante a prisão do ex-deputado Eduardo Cunha, chegou à escola onde foi montada uma base das forças de segurança, informou o "Correio Braziliense". A border collie Cristal, cadela que participou das buscas a vítimas durante a tragédia de Brumadinho, também se juntou ao grupo que procura pelo criminoso na região de mata, segundo o "G1".

'Troca de tiros'

Na última quinta-feira, houve uma nova troca de tiros envolvendo Lázaro e a polícia, e um novo cerco ao criminoso foi montado nesta sexta. O confronto foi o segundo envolvendo Lázaro num intervalo de dois dias. Havia suspeitas de que o serial killer tenha ficado ferido, já que um dos cães farejadores que participam da força-tarefa achou um pano com marcas de sangue. No mesmo dia, foi anunciado que 20 agentes da Força Nacional foram acionados para reforçar as buscas, mas eles não devem mais ir ao local.

— Houve oferecimento. No primeiro momento, coloquei que não haveria necessidade porque outros estados podem precisar, como Amazonas. Ele disse que tem tropa de 20 policiais de pronto emprego, mas essa tropa não veio. Creio que foi mobilizada para outro lugar — explicou o secretário.

Na última terça-feira, houve um confronto após o criminoso fazer um casal e sua filha adolescentes reféns à beira de um Rio. A jovem conseguiu mandar uma mensagem para um policial pedindo socorro. Os agentes foram para o local e conseguiram salvar a família. Na troca de tiros, um PM foi baleado de raspão. Ele já teve alta.

A caçada a Lázaro começou depois de ele matar quatro pessoas de uma mesma família em Ceilândia Norte, no Distrito Federal, no dia 9 de junho. Ele invadiu a chácara de Cláudio Vidal, de 48 anos, e assassinou ele e seus filhos, Carlos Eduardo, de 21, e Gustavo, de 15. Na fuga, o criminoso sequestrou Cleonice Vidal, de 43 anos, mulher de Cláudio. Ela foi encontrada morta no dia 12.

Os crimes de Lázaro

Quarta-Feira, dia 9 de junho: Lazáro invade a chácara de Cláudio Vidal e mata ele e seus filhos, em uma ação que dura cerca de 10 minutos. No momento da fuga, faz Cleonice Marques, de 43 anos, mulher de Cláudio, refém e a sequestra. Logo após a entrada do bandido na casa, ela teria feito uma ligação para seu irmão pedindo por socorro. Sua família chega momentos depois, mas encontra apenas os corpos de Cláudio e seus filhos.

Quinta-feira, dia 10 de junho: Na parte da manhã, Lazáro Barbosa teria invadido outra residência apenas três quilômetros de distância da chácara da família de Cláudio e Cleonice. Ele teria mantido a dona da casa, Sílvia Campos, de 40 anos, e o caseiro, Anderson, de 18, sob a mira de sua arma durante três horas e os obrigado a fumar maconha. Ele teria roubado cerca de R$ 200 e celulares antes de deixar a residência. Cleonice continua desaparecida.

Sexta-feira, dia 11 de junho: Lazáro é suspeito de roubar um carro e fazer mais um refém. Ele teria deixado Ceilândia e ido para Cocalzinho, em Goiás. Lá, incendeia o veículo. A polícia acredita que ele pode ter contado com a ajuda de um comparsa nesse momento. As buscas por Cleonice continuam.

Sábado, dia 12 de junho: O corpo de Cleonice é encontrado em um córrego próximo ao Sol Nascente. Enquanto isso, Lázaro teria invadido uma residência nos arredores de Lagoa Samuel, onde teria ingerido bebidas alcoólicas, feito o caseiro refém e destruído o seu carro. Horas depois, ele teria invadido outra chácara, atirado em três homens e roubado armas de fogo. À noite, teria incendiado uma casa em Cocalzinho. Alguns relatos afirmam que ele teria trocado tiros com a polícia, informação que não foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública de Goiás. Os três homens baleados foram levados a um hospital. Dois encontram-se em estado grave.

Domingo, dia 13 de junho: Lazáro invade uma casa por volta das 15h. A residência estaria vazia naquele momento. O criminoso teria roubado um carro Corsa vermelho. Aproximadamente às 18h30, o veículo teria sido abandonado em uma rodovia, a 30 quilômetros da residência invadida mais cedo. Acredita-se que Lázaro tenha avistado um bloqueio policial e decidiu fugir para o mato. Dentro do carro, a polícia encontrou um carregador de munição. De acordo com a Polícia Militar de Goiás, o suspeito teria chegado a trocar tiros com a polícia antes de fugir para um matagal.

Segunda-feira, dia 14 de junho: Lázaro troca tiros com um fazendeiro na região de Edilândia. Policiais civis e militares fecham o cerco, mas não efetuam a prisão do suspeito. Foi levantada a hipótese de o autor da chacina ter ficado ferido.

Terça-feira, dia 15 de junho: Uma família é feita refém por Lázaro na zona rural de Edilândia. Segundo Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública de Goiás, ele utilizou o mesmo modus operandi e levou o casal dono da propriedade e a filha adolescente deles para a beira de um rio. A menina conseguiu, porém, mandar uma mensagem para o celular de um policial que visitou a casa das vítimas no dia anterior. As equipes foram até o local e houve confronto com o criminoso. Os reféns foram salvos, mas um policial acabou sendo baleado de raspão. Ele recebeu atendimento e passa bem. Lázaro conseguiu fugir.

Quarta-feira, dia 16 de junho: Lázaro Barbosa foi visto por um morador em uma área rural. De acordo com Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública de Goiás, os policiais foram alertados sobre a presença do serial killer e fecharam o perímetro de buscas em torno do local onde ele foi visto. Miranda também afirmou que Lázaro havia passado a noite anterior em uma casa que estava abandonada.

Quinta-feira, dia 17 de junho: No 9º dia de buscas pelo serial killer Lázaro Barbosa de Sousa, o secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, afirmou que Lázaro está "desgastado" e tem cometido "erros". Miranda também anunciou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, ofereceu 20 agentes da Força Nacional para ajudar nas buscas pelo assassino. Houve um novo confronto com policiais. Segundo os agentes que partiparam da ação, Lazáro tentou atirar em um cão farejador, mas não acertou. O animal não se feriu.

Por O Globo

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