Além disso, a operação cumpriu 25 mandados de busca e apreensão. A polícia também descobriu que empresas de fachada eram usadas no esquema de lavagem de dinheiro.
As informações sobre a operação foram repassadas, no fim da manhã desta sexta, em entrevista coletiva concedida pela Polícia Civil de Pernambuco, na área central do Recife.
De acordo com o delegado Mário Melo, titular de Barreiros, a operação teve início a partir da análise do conteúdo de um celular de um traficante que atuava na cidade e foi preso.
“Identificamos que havia depósitos e vultosos de valores totalmente incompatíveis com a capacidade financeira daquele cidadão e de outras pessoas aos quais ele fazia essas transferências”, disse o policial.
Operação Calcanhar de Aquiles, deflagrada nesta sexta (23), cumpriu 13 dos 15 mandados expedidos pela Comarca de Barreiros, no interior de Pernambuco — Foto: Polícia Civil/Divulgação
O esquema, de acordo com Melo, funcionava da seguinte maneira: um grupo atuava com refino de cocaína, em Mato Grosso, e em Pernambuco, era feita a compra da droga.
Havia um núcleo local que contava com um braço em Mato Grosso. Esses criminosos usavam pessoas próximas ou da família, que não tinham envolvimento direto nas ações, para lavar o dinheiro.
“Os seus nomes eram utilizados para serem abertas contas bancárias e empresas, justamente para dar aparência lícita desses valores auferidos com a venda de entorpecentes”, explicou o delegado.
Ao todo, ficou constatada a participação de cinco empresas de fachada com utilização de laranjas. "Três delas ficam em Minas Gerais e duas em Mato Grosso. Elas movimentavam milhões e não tinham sócios nem funcionários”, disse Mário Melo.
As prisões e buscas foram efetuadas pelas polícias dos três estados. Em Pernambuco, foram cumpridos 11 mandados de captura.
Cinco desses integrantes da quadrilha já estavam em unidades prisionais de Pernambuco: Itaquitinga, na Mata Norte, Petrolina, no Sertão, e Igarassu, no Grande Recife. Duas capturas ocorreram em Mato Grosso.
"Os líderes já estavam presos em Pernambuco. Eles faziam compra e venda de entorpecentes. Um deles negociava substâncias para o refino da cocaína. Todos criavam as empresas para maquiar a origem do dinheiro", afirmou o policial.
Os integrantes da organização serão autuados por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Na ação, a polícia apreendeu uma arma de fogo munições celulares documentos.
“Conseguimos uma ordem judicial para o congelamento sequestro do valor de cerca de R$ 90 milhões. Esse dinheiro será usado pelas forças policiais, como determina a lei. Pernambuco ficará com 40% dos valores e a União, com 60%”, afirmou o delegado.
Operação
Ao todo, 70 policiais foram mobilizados. A Polícia Civil de Pernambuco informou que houve apoio operacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Operações Integradas, além das Polícias Civil de Minas Gerais e de Mato Grosso
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