“Reafirmamos que, infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da COVID-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida”, diz o documento.
O boletim produzido pelo Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 da AMB também indica aos médicos da linha de frente que o uso de corticoides e anticoagulantes deve ser reservado exclusivamente para pacientes hospitalizados e que precisam de oxigênio suplementar.
A AMB faz, ainda, um alerta para que pessoas com suspeita ou mesmo com a confirmação da infecção pelo novo coronavírus não se automediquem nem usem corticoides, como a dexametasona, prednisona e outros. "Estes fármacos utilizados fora do período correto, especialmente no início dos sintomas, podem piorar a evolução da doença”, alerta a associação.
Enfrentamento
Assinado por 16 pessoas que compõem o núcleo executivo do Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 da AMB, o documento aponta 13 pontos para o enfrentamento da pandemia da doença no Brasil. Um deles traz votos "votos especiais” ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que tomou posse nesta terça-feira (23).
“Os brasileiros almejam que vossa gestão ecoe e se guie exclusivamente pela voz da ciência”, diz um trecho do texto, que cobra ainda que Queiroga seja “um exemplo de independência” na implantação de políticas e medidas consistentes e necessárias.
Além disso, a AMB cita a vacinação célere dos brasileiros como “medida ideal” para controlar a transmissão do novo coronavírus no país e também aponta o isolamento social, uso correto de máscaras, ventilação adequada de ambientes e outras medidas como necessárias para evitar a disseminação do vírus.
“Reiteramos que o Brasil requer ações unificadas e coordenadas de combate a covid, dos governantes das esferas federal, estadual e municipal incluindo ações coordenadas de todos os ministérios, e gestores públicos e privados da saúde, sem qualquer resquício de ideologias e interesses políticos”, afirma o boletim.
Por Correio Braziliense
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