O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que reuniu os novos processos identificados no Painel de Preços do Ministério da Economia, afirmou que “o lombo é o corte mais nobre do bacalhau, usado para pratos requintados e caros em restaurantes sofisticados, algo muito distante do cardápio da maioria dos brasileiros. É revoltante saber que esses processos correram em plena crise, quando falta o básico para muitas famílias e os recursos deveriam ser aplicados no combate à pandemia”.
Ao analisar cada processo, o deputado constatou indícios de superfaturamento. Um dos pregões é para a aquisição 1.195 quilos de bacalhau salgado eviscerado, ou seja, a peça inteira, sem cabeça e pele, para o Comando da Marinha. O preço estipulado por quilo é de R$86,88.
“Os valores causam estranheza porque na peça vem tudo, não só a parte nobre, não justifica o preço estipulado. Além de ser um luxo inadmissível para ser pago com recursos públicos, ainda há sobrepreço. Esse dinheiro deveria ser aplicado na Saúde e na Educação e não nessas regalias”, destaca o parlamentar. Outro exemplo é o processo para compra de 40 quilos de bacalhau desfiado para o Comando do Exército ao custo de R$127,93 o quilo.
Elias Vaz está discutindo com um grupo de mais nove parlamentares do PSB a apresentação de pedido para instalar na Câmara uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as compras do governo federal.
UOL/CONGRESSO EM FOCO
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