A imunização fica a cargo de cada cidade, mas o estado pede às prefeituras a montagem de planos de comunicação para que a vacina chegue, de fato, ao público-alvo da vez. Alguns municípios, como o Recife, anunciaram que começam a vacinar na quarta-feira (27).
"Cada município deve montar a estratégia de acordo com a própria realidade. Todos os municípios têm capacidade para vacinar, mas cabe a cada um decidir se vai adotar drive-thru, busca ativa ou outra estratégia", disse o secretário estadual de Saúde.
Segundo o secretário, a população a partir de 85 anos foi priorizada neste momento devido a altas taxas de mortalidade e de internação nos leitos da rede pública de Pernambuco.
"Mais de 2,7 mil pessoas nessa faixa etária morreram no estado. A taxa de mortalidade é muito alta para quem desenvolve Síndrome Respiratória Aguda Grave. Atualmente, também temos 60 pessoas com essa idade internadas em UTI", disse Longo.
Com as 84 mil doses, a expectativa é imunizar cerca de 71,5 mil idosos com 85 anos ou mais. Há uma margem maior porque o estado considera um percentual de perda, já que que cada frasco da vacina de Oxford contém um total para dez doses.
"Vai ter casos em que vai ser possível retirar as dez doses, mas vai ter frasco que só vai dar para nove. A perda é algo em torno de 5%", explicou o secretário.
No caso da vacina de Oxford, a segunda dose pode ser aplicada em até três meses, mas o governo acredita que, até 10 de fevereiro, o imunizante contra a Covid-19 do mesmo fabricante chegue novamente ao estado.
Segundo Longo, se chegarem de fato 10 milhões de doses da Astrazeneca/Oxford ao Brasil, Pernambuco espera receber 450 mil. Quanto às 3,2 milhões da CoronaVac do Instituto Butantan, o estado espera receber 144 mil doses.
"Pelas notícias que chegam, é muito provável que consigamos cumprir a primeira fase do cronograma do Plano Nacional de Imunização. Temos uma perspectiva realista", afirmou o secretário.
Além dos idosos com 85 anos ou mais, a primeira fase do calendário de vacinação engloba trabalhadores de saúde, indígenas em aldeias, deficientes institucionalizados e idosos com 75 anos ou mais. Ao todo, são 666.010 pessoas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.
Até esta terça (26), o estado contabilizava 26 pacientes vindos do Amazonas a Pernambuco. A distribuição ocorre entre os hospitais das Clínicas e Alfa.
A respeito da variante brasileira do novo coronavírus, presente em pacientes do Amazonas, Longo informou que o estado tem feito o monitoramento, mas, até então, não havia detectado em pernambucanos.
"Estamos atentos a isso, a vigilância tem testado os trabalhadores. Ainda não se tem muito conhecimento, mas há estudos que dizem que essa variante é mais transmissível", afirmou.
Por G1 PE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.