quarta-feira, janeiro 13, 2021
COVID-19: Vacina da AstraZeneca será a primeira a chegar em Alagoas
O anúncio da apresentação de um esboço do Plano Estadual de Imunização (PEI), feito pelo secretário estadual de Saúde, Alexandre Ayres, na tarde de ontem, não tem prazo definido para vacinar a população em geral. De acordo com o gestor, a única referência, a partir das incertezas do Ministério da Saúde (MS), é de que no final do mês os primeiros a serem vacinados são profissionais da linha de frente do combate à doença e que atuam em hospitais públicos voltados para o atendimento de pacientes da Covid-19. Segundo Ayres, a data precisa só será possível ser apresentada quando o MS definir sobre a chegada do primeiro lote. Entretanto, garantiu, que um dia após a entrega das doses, ou seja 24h depois, será possível iniciar a imunização. “Não é possível definir uma data de quando ela será aplicada para a população porque nem o MS ainda definiu, ao certo, quando fará a remessa [das vacinas]. O primeiro lote deve ser da AstraZeneca, algo em torno de 30 a 40 mil doses. E por conta da pouca quantidade, a prioridade inicial é para os profissionais da linha de frente dos hospitais de tratamento da Covid-19. Mas também estão incluídos na sequência cuidadores de idosos, doulas e funcionários de funerárias”, explicou Ayres. Durante coletiva, pouco antes de se reunir com os integrantes da Sala de Situação da Covid-19, ele confirmou que “certamente os professores” também estão entre os grupos prioritários. Mas, pela ordem, o início será mesmo com os profissionais da área de saúde, que no momento já sofrem, inclusive, com casos de reinfecção. Quanto ao ordenamento, ele espera tê-lo com mais precisão já na próxima semana, período em que o próprio Ministério da Saúde já possa ter uma posição mais clara por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), quanto aos prazos. “Mas o que posso garantir é que toda a logística para a vacinação já está pronta, com frigoríficos para o armazenamento e até mesmo seringas para a aplicação das primeiras doses”. “A meta que estimamos é que se começarmos a vacinar no final de janeiro, é possível que até o final do ano tenhamos realizado a imunização de toda a população. Estamos trabalhando para isso”, completou Ayres. Uma outra informação sobre a logística para a vacina é a de que as primeiras doses, que serão repassadas pelo ministério, serão da AstraZeneca. Por outro lado, como o próprio Ministério da Saúde já garantiu a compra da CoronaVac, do Instituto Buntantan, ela também chegará a Alagoas para complementar o processo de distribuição. “Nós não tivemos como realizar nenhuma compra no Buntantan porque o próprio Ministério já garantiu isso. O que sabemos é que a partir de março e abril aumentarão o processo de produção, justamente para atender a demanda dos estados, uma vez que seja a da AstraZeneca como a CoronaVac, o fato é que serão aplicadas em duas doses”, acrescentou o secretário. Todas essas informações foram discutidas com os integrantes da Sala de Situação, formada por médicos infectologistas, da Sesau, da Secretaria Municipal de Saúde e dos Conselhos Municipal e Estadual de Saúde. A imprensa não pode acompanhar os detalhes que foram discutidos, até porque a sala onde ocorreu o encontro não havia espaço suficiente. Mas ainda assim, de acordo com o gestor da saúde, todo o processo de construção do PEI tem sido realizado de forma transparente para que não restem dúvidas. Indagado ao final da coletiva se o fato da vacina CoronaVac, produzida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Butantan ter eficácia geral de 50,38%, ele explicou que isso não diminui sua capacidade de imunização. “Não vejo isso como um problema porque esse é o percentual aceito para
que possa ser aplicada na população”. Nesta quarta-feira, ao lado do governador Renan Filho (MDB), Ayres irá visitar pessoalmente locais com os estoques de seringas e a estrutura destinada para o armazenamento das doses de vacina. Conforme informações da Sesau, está tudo encaminhado, inclusive, com o pessoal que será escalado para fazer a aplicação das doses.
Por Gazeta de Alagoas
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