No histórico eleitoral de Jatobá, considerando a proporcionalidade de habitantes, que lhe garante o número máximo de 9 (nove) vereadores, somam-se ao longo dos seus seis pleitos: 54 vereadores, sendo deste total somente 02 vereadoras, o que equivale ao inexpressivo 3,7% de mulheres a ocupar o cargo na Câmara de Vereadores Irani Félix da Silva.
A primeira mulher eleita foi Cleide Mirian de Sá Portela (PSB) na primeira composição da Câmara Municipal em 1996. Uma florestana que chegou nessas terras em 1980 e aqui viveu por longos 32 anos. Como extensionista rural da EMATER desenvolveu atividades de assistência técnica junto aos colonos da Barreira/Petrolândia e mais tarde atuando por nossas comunidades rurais. Questionada sobre política, diz que a sua paixão nasceu pelo incentivo de agricultores e pescadores da Umburana, Fazenda grande, Santa Rita, Caldeirão, Brejo, de todo lugar que prestou seus serviços, e que se sentiu muito honrada quando em 2019 recebeu o título de Cidadã Jatobaense, e ainda emocionada lembra que “Deixar Jatobá foi uma decisão muito difícil, mas esse lugar jamais sairá de meu coração.”
A segunda mulher foi Sandra Gomes de Sá (DEM), eleita na 4ª composição, 2008. É natural de Paulo Afonso-BA, mas desde jovem veio morar em Jatobá, concluindo os seus estudos da educação básica na Escola Estadual de Itaparica (atual EREMI). Iniciou a sua vida profissional como Agente de Saúde e mais tarde sendo aprovada em concurso público municipal para Auxiliar de Atendente de Consultório, o que fez com que seu jeito sempre carismático e com muita habilidade de conviver com as pessoas, especialmente às mais desfavorecidas, viesse o estímulo dos amigos para entrar na política, sendo eleita aos 34 anos. Atualmente exerce a função de Auxiliar de Enfermagem no Hospital Municipal de Jatobá, e aqui é a cidade onde mora e que ama.
Diante do quadro apresentado percebe-se a necessidade de maiores avanços à presença da mulher no cenário político municipal. E, embora exista o incentivo pela cota de gênero (lei que garante uma porcentagem mínima de 30%), dados mostram que os resultados não têm sido significativos, isso porque muitas mulheres entram apenas para o preenchimento de cotas, o que é negativo à representatividade. É preciso ir além, mostrar efetivamente a importância feminina nas disputas eleitorais, e entrar no embate político para vencer e mostrar que lugar de mulher é também na política!
PELA VOZ ATIVA DAS MULHERES NAS TOMADAS DE DECISÕES!
Alba Valéria, Alexsandra Souza, Fátima Cardoso (Bidô), Cida de Bau, Aparecida Nascimento, Darinha Pankararu, Dilene Oliveira, Dorilândia Pereira, Eliane Cordeiro, Eliane Odete, Helenilda Souza, Irmã Jane, Ivanilda Luz, Kaciane Santos, Maria Eulália, Luciana Martins, Lucimar Araújo, Edirlânia Santos, Gilvaneide Lima, Alzeni Lopes, Renata Andrade, Rosilene Barbosa, Marirrouse Souza, Rozilda Gomes, Samara Lima, Socorro Sá, Valdimere Pontes, Vanilda Santos e Edivânia Gomes.
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional Eleitoral
Profª Regina Borges
03/10/2020