domingo, maio 24, 2020

Teich: não houve um alinhamento com o presidente e decidi sair

"O dinheiro da saúde é muito pouco para ser gasto em coisas que não funcionam", afirma ex-ministro da Saúde

O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, disse na noite deste domingo (24/5) em entrevista à Globonews que não houve um alinhamento dele com o presidente Jair Bolsonaro, por isso sua decisão de deixar o governo. "Não foi a cloroquina, foi política", afirmou ao ser perguntado se o uso do remédio para combater a covid-19 foi o motivo de sua decisão.

"Na prática existia entre mim e o presidente uma diferença em como abordar o problema", afirmou o ministro. Teich disse que ainda não há estudos definitivos sobre a eficácia da cloroquina, que devem estar prontos "em duas, três semanas", inclusive no Brasil. Por isso, seria melhor esperar. "Aí fica mais fácil definir", disse ele. Mas Bolsonaro preferia antecipar a decisão de liberar o uso. "O problema não é a cloroquina, o problema é as suas escolhas."

Ministro interino da Saúde acompanhou Bolsonaro na manifestação


O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, esteve neste domingo na manifestação pró-governo em Brasília ao lado de Jair Bolsonaro.

O presidente, que chegou de máscara ao local, retirou a proteção logo no início do ato. Já Pazuello esteve o tempo todo com o equipamento.

A manifestação ocorreu dois dias depois de o ministro Celso de Mello autorizar a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril.



Por O Antagonista

Estados Unidos suspendem entrada de pessoas vindas do Brasil


Os Estados Unidos anunciaram neste domingo que irão barrar a entrada de pessoas vindas do Brasil por causa da pandemia do novo coronavírus.

Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, o presidente Donald Trump tomou a decisão de hoje “para proteger nosso país”

Com o decreto de Trump, estrangeiros que tenham passado 14 dias no Brasil não poderão ingressar nos EUA. A restrição não será aplicada a pessoas que residam nos Estados Unidos, sejam casadas com um cidadão americano ou que tenha residência permanente no país.

“A ação de hoje irá garantir que estrangeiros que estiveram no Brasil não se tornem uma fonte adicional de infecções em nosso país”, completa a nota da secretária.

Por: O Antagonista

194 agências fecham após pandemia, e mais cidades ficam sem banco



A crise gerada pela Covid-19 acelerou o fechamento de agências bancárias no Brasil. Após a chegada do novo coronavírus ao país, 194 delas deixaram de atender clientes permanentemente.

Nos primeiros quatro meses deste ano, 283 agências encerraram as atividades. Com isso, menos municípios têm postos de atendimento das instituições em funcionamento.

Quase metade das cidades não tem uma agência (2.340), o equivalente a 42% do total de 5.570 municípios. Neste ano, segundo o Banco Central, sete cidades ficaram sem um banco -duas delas durante a pandemia (entre março e abril).

Para o professor de finanças da FGV Rafael Schiozer, os bancos não fecharam as agências por causa da crise, mas anteciparam um processo que já ocorreria ao longo do ano.

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Orla da cidade

Correios serão opção para fazer cadastro para auxílio emergencial

Agência dos Correios de Petrolândia: Foto: Assis Ramalho/BlogAR
A partir de junho, as agências dos Correios serão uma opção para quem quer fazer o cadastro para receber o auxílio emergencial do governo, benefício de R$ 600 mensais (R$ 1,2 mil para mães solteiras) pago a trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados para amenizar os impactos do isolamento social adotado devido à pandemia do novo coronavírus.

Até este sábado (23), a Caixa Econômica Federal pagou R$ 60 bilhões de auxílio emergencial, somadas as primeiras e segunda parcelas. No total, 55,1 milhões de pessoas receberam a primeira parcela, enquanto a segunda parcela alcançou 30,4 milhões.

Nota divulgada pelos Correios esclarece que o início da prestação de apoio das agências postais neste cadastramento será em junho, mas ainda não tem data definida.

Conforme a nota, “as agências estão, nesse momento, em processo de adaptação dos sistemas para realização do serviço.” A estatal promete que “a data de início do atendimento, as formas de acesso da população e demais procedimentos serão amplamente divulgados pelos canais oficiais da empresa.”

Por Agência Brasil

Justiça afasta prefeito por descumprir regras de combate à Covid

O prefeito de Itaverava, José Flaviano Pinto, teria descumprido seu próprio decreto com normas de restrição ao comércio — Foto: Redes sociais

A Justiça determinou afastamento do cargo por 60 dias do prefeito de Itaverava, José Flaviano Pinto (PR), na Região Central de Minas Gerais, por desobedecer regras de prevenção e combate à pandemia da Covid-19.

A decisão da juíza substituta Rafaella Amaral de Oliveira é da última quinta-feira (21) e atende a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

De acordo com a denúncia de improbidade administrativa, o chefe do Executivo municipal descumpriu decreto que ele mesmo assinou com medidas de restrição ao comércio para evitar a propagação do novo coronavírus.

Contrariando as próprias regras, José Flaviano Pinto, conhecido como Nô, teria mandado lojas reabrirem e impedido a fiscalização de estabelecimentos que infringissem as normas em vigor.

O município não conta com nenhum hospital e tem somente uma equipe de saúde da família que atua na atenção básica à população, estimada em 5,8 mil habitantes.

"Logo, diante da alta gravidade e reprovabilidade da conduta praticada pelo Prefeito Municipal de Itaverava, conclui-se pela necessidade de seu afastamento temporário a fim de se evitar interferência na fiscalização das normas de enfrentamento ao novo Coronavírus (SARS-CoV 2), bem como à presente instrução processual", explica a juíza, na decisão.

Segundo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), ainda não há nenhum caso confirmado da doença em Itaverava. O boletim municipal informa dois casos em investigação.

Sem leito de UTI nem respirador, Itaverava depende da estrutura de Conselheiro Lafaiete, distante 23 quilômetros da cidade.

Por causa da falta de leitos na região, o MP expediu uma recomendação a 50 municípios sobre a necessidade de adoção de medidas de isolamento social, frente ao "iminente colapso do sistema regional de resposta em saúde pública".

Em resposta à recomendação, o prefeito de Itaverava publicou decreto ampliando restrições ao comércio, mas não houve aplicação efetiva do documento.

A denúncia do MP aponta que o prefeito teria "saído pela cidade dizendo que não era para cumprir o decreto municipal".

O afastamento vale por 60 dias ou até que a situação decorrente da Covid-19 se normalize, com a abertura gradual do comércio conforme decreto estadual sobre a paralisação de atividades não essenciais.

O advogado do prefeito, Anderson Oliveira, informou que não foi intimado da decisão, mas que a defesa vai recorrer.

"A gente ficou surpreso com a decisão. Não fomos notificados. Já vou entrar com recurso. Hora nenhuma fui a favor do comércio aberto", disse o prefeito.

O chefe do Executivo informou que está orientando comerciantes a esperarem para reabrir as portas.

Segundo Pinto, apesar do decreto que prevê a reabertura da atividade comercial publicado dia 21, ele pediu comerciantes a aguardarem até segunda-feira.

"Estamos com cisma por causa de Barbacena, que teve aumento no número de casos", disse.

Retomada do comércio

Em 21 de maio, a prefeitura de Itaverava aderiu ao Plano Minas Consciente, do governo do de Minas, com orientações sobre a retomada da atividade econômica.

Segundo o Decreto nº 26/2020, bancos, empresas de alimento, agropecuária, saúde, lojas de móveis e tecidos, artigos esportivos e jogos eletrônicos, escolas de formação de condutores, setor industrial e construção civil.

O decreto também permite a retomada de "outras atividades acessórias", mas não especifica quais são.

Por Flávia Ayer, TV Globo — Belo Horizonte

Presidente do STF é internado para cirurgia e apresenta sinais de infecção pelo novo coronavírus


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, foi internado para passar por uma cirurgia para drenagem de abscesso no sábado (23). Durante a internação, apresentou sinais que sugerem que ele está com coronavírus e, por isso, ficará em monitoramento.

O ministro passa bem e respira normalmente, sem ajuda de aparelhos, informa nota assinada pelo secretário de saúde do STF.

Na quarta-feira (20), o ministro havia sido submetido a um teste que deu negativo para coronavírus.

A princípio, o ministro ficará de licença médica por 7 dias, podendo ser ampliada dependendo do resultado dos exames. Nesse período, o ministro Luiz Fux assume a presidência do STF.

Esta reportagem está em atualização.

Por TV Globo

Belém do São Francisco registra mais dois casos do novo coronavírus


O município de Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco, confirmou mais dois casos do novo coronavírus. Agora, de acordo com o último boletim divulgado no sábado (23), o município tem quatro casos confirmados da Covid-19.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os dois novos pacientes são homens, com 28 e 38 anos, moradores da zona urbana do município. Os dois estão em isolamento domicilia. A confirmação foi feita através de teste rápido.

Além dos quatro casos confirmados, Belém do São Francisco tem quatro suspeitos, sendo três mulheres com idades entre 33 e 71 anos, e uma criança do sexo masculino, de 2 anos de idade. Todos são moradores da zona urbana. Entre os diagnostica com a doença, um já está curado.

Por Didi Galvão

Deputados e senadores costuram acordo para adiar eleições municipais para 6 de dezembro


Líderes partidários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal estão costurando um acordo para adiar as eleições municipais de outubro para o dia 6 de dezembro, em decorrência da pandemia de covid-19. A data já havia sido citada pelo presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), que disse também considerar o dia 15 de novembro como outra data possível.

Entre líderes da Câmara, há quase unanimidade pela escolha do dia 6 de dezembro, mas ainda não há um acordo fechado.

No Senado também há expressivo apoio ao adiamento das eleições municipais para 6 de dezembro. A alteração está em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada na terça-feira (19) pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A proposta foi subscrita por outros 26 senadores e prevê que o segundo turno será no dia 20 de dezembro.

A PEC de Randolfe não altera o período de mandato dos atuais governantes e confere ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para que promova a revisão do calendário eleitoral e a proceder os ajustes na aplicação da legislação infraconstitucional.

“Manter as eleições ainda no ano de 2020 garante a manutenção do período dos mandatos e a data de posse, sem colocar em risco a legitimidade do processo democrático de escolha dos dirigentes das cidades e dos representantes no parlamento municipal”, explica Randolfe na justificativa do texto.

O senador prevê ainda que a pandemia pode fazer com que as campanhas eleitorais aconteçam de modo diferente do usual.

“A depender do estágio de evolução da questão sanitária do coronavírus, tanto no ritmo de expansão do número de doentes quanto na ampliação da capacidade do atendimento hospitalar, será necessário estabelecer outras formas de realização da campanha eleitoral propriamente dita. Esses dois meses de adiamento serão tempo primordial para que seja possível a previsão e o estímulo para que, caso seja necessário, as reuniões, visitas, comícios e debates ocorram de forma não presencial”, avalia Randolfe.

Por Congresso em Foco

Bolsonaro vai ao encontro de apoiadores após sobrevoar carreata pró-governo em Brasília (assista ao vídeo)


O presidente Jair Bolsonaro foi a pé ao encontro de apoiadores neste domingo, 24, em Brasília, após sobrevoar uma carreata pró-governo na capital federal. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e o deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), acompanharam o presidente.

 O presidente tirou fotos com alguns deles e não usava máscara de proteção, apesar da obrigatoriedade na cidade. Antes de ir ao ato, Boslsonaro fez um sobrevoo de helicóptero pela Esplanada dos Ministérios, onde ocorreu uma carreata pró-governo. Todas as seis faixas que levam à Praça dos Três Poderes foram ocupadas.

A manifestação já estava marcada e tem a participação de youtubers pró-governo, que estiveram com o presidente no sábado. Bolsonaro compartilhou em seu Facebook imagens aéreas da movimentação em Brasília.

Diferente de outras manifestações ocorridas nos últimos finais de semana, o esquema de segurança desta vez foi mais reforçado e os manifestantes não conseguiram ficar na grade de frente ao Palácio do Planalto, onde normalmente têm tido contato mais próximo com Bolsonaro nos últimos atos. Os participantes do protesto ficaram na grade que fica na Praça dos Três Poderes, mais distante do Planalto.

Assista ao vídeo abaixo


Por Portal Terra
Vídeo/Reproduação Foco do Brasil

Petrolândia: Aniversariante do dia, Geni Leal recebe os parabéns da família



Geni Leal, aniversaria neste domingo, 24 de maio/ 2020 [tia deste Blogueiro], recebe os 'parabéns para você nesta data querida', através do Blog de Assis Ramalho.

Os parabéns também são de toda família!


Da Redação do Blog de Assis Ramalho

Tacaratu: Clínica Mais Saúde informa atendimento da semana, de 25 a 29 de maio/2020; Confira e marque sua consulta



A Clínica Mais Saúde, localizada na Avenida Cônego Frederico, em Tacaratu, informa atendimento da próxima semana, de segunda a sexta-feira [de 25 a 29/05/2020]; confira acima!

A Clínica Mais Saúde realiza Exames Laboratoriais de segunda a sexta-feira (veja abaixo).

A Clínica Mais Saúde realiza Exames Laboratoriais de segunda a sexta-feira (veja abaixo).

Petrolândia: Clínica Mais Saúde informa atendimento da semana, de 25 a 29 de maio; Confira e marque sua consulta


A Clínica Mais Saúde, localizada em Petrolândia na Av Auspício Valgueiro de Barros, em frente a Escola Delmiro Gouveia, informa atendimento da próxima semana, de segunda a sexta-feira, de 25 a 29 de maio de 2020; confira acima!

A Clínica Mais Saúde realiza Exames Laboratoriais de segunda a sexta-feira (veja abaixo).

Formulador da estratégia de combate à Covid-19, Wanderson Oliveira deixará Ministério da Saúde nesta segunda (25/05)


O Secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, deixa oficialmente o cargo no Ministério da Saúde nesta segunda-feira, confirmando decisão tomada em 14 de abril, pouco antes da demissão de Henrique Mandetta do comando da pasta.

A pedido do ex-ministro, Oliveira concordou em permanecer na função durante a transição, mas havia acertado com o então ministro Nelson Teich sua saída, logo após as férias. O epidemiologista retornará a sua função de servidor do Hospital das Forças Armadas - HFA.

Wanderson de Oliveira foi o principal formulador da política de combate ao coronavírus da gestão Mandetta. Ao lado do então ministro, foi responsável pela rotina de acompanhamento da epidemia e pela padronização da orientação a estados, municípios e à população em geral, que ficou documentada nos Boletins Epidemiológicos expedidos pelo

Tornou-se o porta-voz da pasta, ao lado do secretário executivo, João Gabbardo dos Reis, na primeira fase da propagação da doença, assumindo comunicação diária com a população por meio de coletivas de imprensa.

Desde a saída de Mandetta, seu sucessor, Nelson Teich, e agora o interino, general Pazuello vem promovendo a substituição de vários servidores do Ministério da Saúde por quadros militares. Já passam de 12 os representantes das forças armadas em funções diretas e de comando, ao lado de Pazuello. Ainda não há informações sobre quem assumirá a tarefa de Wanderson Oliveira.

O atendimento aos jornalistas durante as entrevista coletivas tem sido feito por Eduardo Macário, Diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não-Transmissíveis.

Por Correio do Povo

Com pressão alta, diabetes e câncer de pele, idosa de 94 anos vence Covid-19: 'Guerreira'

Dona Maria segura placa para mostrar que vence a Covid-19 em Nova Granada — Foto: Arquivo 

PessoalAos 94 anos, Maria da Mata Mussi comemora ao lado dos familiares o fato de ter superado o novo coronavírus. Moradora de Nova Granada (SP), a idosa é portadora de pressão alta, diabetes, faz tratamento contra câncer de pele e tem marcapasso.

A recuperação dela era uma incógnita para os médicos que a trataram durante os sete dias que permaneceu internada no Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP). Contudo, a aposentada não precisou sequer ser entubada e pôde retornar para casa, onde cumpriu 14 dias de isolamento.

Em entrevista ao G1, a advogada Mariana Eleodoro Mussi contou que a avó viajou em janeiro a São Paulo para fazer tratamento contra o câncer de pele no Hospital das Clínicas. Contudo, as consultas foram desmarcadas por conta da pandemia de Covid-19, e a idosa permaneceu hospedada na casa de um parente.

“Em abril, ela começou a ficar doente, a sentir falta de ar e a tossir. Então, minha tia a levou em um Pronto-Socorro da Barra Funda. Os médicos disseram que era suspeita de coronavírus e colheram o material dela no dia 28 de abril”, relembra a neta de 27 anos.


Dois dias depois, Maria precisou ser levada para o hospital campanha do bairro Anhembi-Morumbi. O resultado do teste rápido ficou pronto em 1º de maio e deu negativo para Covid-19. No entanto, a idosa precisou de oxigênio, porque os médicos constataram que a saturação dela estava baixa.

Preocupada com a possibilidade de o quadro da aposentada piorar, a família decidiu trazê-la a Rio Preto. Ao chegar no município do interior de São Paulo, Maria foi levada ao Hospital de Base e fez outro exame. O resultado, dessa vez, foi positivo para Covid-19.

“Ficados desesperados com a notícia. Vemos tantos exemplos de pessoas mais novas que perderam a vida, e a minha avó tem marcapasso, diabetes, hipertensão, câncer de pele e 94 anos de idade. Até os médicos não acreditavam na recuperação dela”, afirma a advogada.

Maria ficou internada do dia 1º até 8 de maio. Os médicos refizeram todos os exames e decidiram que ela poderia retornar para a casa. Ao chegar no imóvel da família, ela precisou ficar isolada durante 14 dias.

“O isolamento acabou no dia 21 de maio. Ela refez o exame e deu negativo para Covid-19”, afirma a neta, que complementa:

“Foi a melhor sensação poder tê-la de volta conosco. Minha avó foi realmente uma guerreira. Atualmente ela está bem, comendo e andando. Os médicos acreditavam que ela teria dificuldades para andar pelo fato de ter um desgaste no quadril e por ter ficado muito tempo deitada, mas ela já pegou o andador e começou a caminhar no segundo dia. Está super lúcida".

Casos em Nova Granada

Até a noite deste sábado (23), Nova Granada contabilizava três casos confirmados de coronavírus e uma morte causada pela Covid-19. Ao todo, quatro pessoas estão curadas da doença – incluindo a Dona Maria. Não há casos suspeitos sendo investigados na cidade.

Por Renato Pavarino, G1 Rio Preto e Araçatuba

Talvez seja inevitável adiar eleições municipais, diz presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)


Talvez seja inevitável adiar eleições municipais, diz Barroso ao Correio - Confira a entrevista completa:

O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, assume o cargo nesta segunda-feira num momento recheado de incertezas, no qual é impossível dizer até mesmo a data em que o país terá eleições municipais. “Quem vai bater o martelo são os sanitaristas”, diz ele, prevendo a decisão a esse respeito para o fim da primeira quinzena de junho, em conjunto com o Congresso. Da sua parte, Barroso resiste a adiar as eleições e não coloca a prorrogação de mandatos no radar. “A prorrogação de mandato é antidemocrática em si, porque os prefeitos e vereadores que lá estão, foram eleitos por um período de quatro anos. Faz parte do rito da democracia a realização de eleições periódicas e o eleitor ter a possibilidade de reconduzir ou não seus candidatos”, diz. Ocupante de uma das 11 cadeiras o Supremo Tribunal Federal (STF), Barroso é um magistrado de opiniões fortes e popular entre seus pares, juristas e na sociedade em geral. Ele explica que eventual prorrogação de mandatos, caso as eleições sejam adiadas para além deste ano, não encontra respaldo na Constituição. Mas que poderia ser autorizada, em caráter excepcional, por emenda aprovada pelo Congresso.

As incertezas extrapolam o calendário eleitoral, assim como as preocupações do TSE. Barroso tem, pela frente, a missão de conduzir a apreciação de processos contra o presidente Jair Bolsonaro que tramitam na Corte Eleitoral. Nesta entrevista, concedida na última sexta-feira, ele avisa que “seguirá a ordem cronológica”, ou seja, o que estiver pronto para ir a julgamento será pautado. Na conversa, o ministro transparece que a pandemia deixa recheado de incertezas o futuro de gestores públicos, que desprezam a ciência ao dizer que “a adoção de uma política pública de eventual distribuição de um medicamento que não tenha chancela da comunidade médico-científica e nem de pesquisas clínicas, acho que pode, sim, gerar responsabilidade”, diz ele, sem citar especificamente o caso da inclusão da cloroquina nos protocolos do Ministério da Saúde para atendimento aos pacientes de covid-19. As preocupações de Barroso, porém, extrapolam a esfera eleitoral. Ele acompanha, por exemplo, o clima de radicalização com um olhar de que é preciso exorcizar alguns demônios nas manifestações antidemocráticas que têm tomado conta de setores da política brasileira. “Eu vejo um país em que discursos radicais vindos de lugares diferentes liberaram alguns demônios que, em uma democracia, devem ficar bem guardados. Demônios da radicalização, da intolerância e da violência, esses são inaceitáveis”, diz. A seguir os principais trechos da entrevista:

O senhor terá o desafio de conduzir as eleições em meio à pandemia. É favorável ao adiamento?

Eu não desejaria ter que adiar. O prazo das eleições está previsto na Constituição e penso que elas são um ponto vital para a democracia. Porém, nós não podemos fechar os olhos à realidade. Existe uma pandemia no mundo, ela atingiu o Brasil e a curva, neste momento, ainda é uma curva ascendente. Se, até meados de junho, a situação continuar semelhante à que se encontra hoje, talvez seja inevitável a necessidade de se adiar as eleições. Mas a minha primeira vontade não é adiar. Se for inevitável, que seja pelo prazo mínimo. Eu já fiz uma intervenção informal com presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para afinarmos as nossas posições e termos um discurso unificado sobre a eventual necessidade de adiamento.

Então, o critério seria o achatamento da curva no Brasil para adiar ou não as eleições?

Essa é uma questão interessante, porque embora dependa do Congresso, porque é preciso uma emenda à Constituição, depende do TSE. Nós precisamos ter condições técnicas de realizar as eleições. Quem vai bater o martelo são os sanitaristas, que vão nos dizer se e quando é seguro realizar uma eleição dessa amplitude com mais de 140 milhões de eleitores sem trazer riscos à população. Nós vamos ouvir a ciência e a recomendação médica, procurando fazer o melhor possível dentro do contexto e com diagnóstico que eles nos fornecerão.

Como o senhor vislumbra a campanha eleitoral em meio a esse cenário de pandemia, com as pessoas com medo de ir à rua?

Nós temos etapas. Temos o primeiro momento, que são as convenções partidárias — cujo prazo é até 5 de agosto e que já envolveriam algum grau de aglomeração. Talvez seja viável fazer isso por videoconferência, embora seja relativamente complexo. Em 15 de agosto, teria início a campanha. A verdade é que em outros tempos, a campanha era feita essencialmente de corpo a corpo nas ruas, em comícios que exigiam muito contato e aglomeração. Hoje em dia, o perfil das campanhas mudou, sobretudo com o papel da televisão e das redes sociais, de modo que o corpo a corpo e aglomeração se tornaram um pouco menos importantes. É possível imaginar uma campanha feita via redes sociais, via televisão. Seja como for, nós só vamos poder deflagrar esse processo quando algum grau de contato social for possível. Por isso, estamos aguardando o momento certo para bater o martelo.

Se as eleições forem adiadas para depois de 2020, teremos uma extensão dos mandatos atuais?
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Precisamos avaliar como está a curva da doença para tentarmos programar o futuro. Mas a verdade é que a grande característica da pandemia que estamos vivendo é a indefinição, a imprevisibilidade. Caso seja preciso adiar, desejaríamos que fosse por apenas algumas semanas. Talvez para meados de novembro, ou no início de dezembro. Ou ainda fazer o primeiro turno em 15 de novembro e o segundo, em 4 de dezembro. Faremos tudo que for possível para evitar a prorrogação de mandato. Se isso se impuser como uma coisa inevitável, o que eu espero que não aconteça, seria uma prorrogação pelo prazo mínimo, porque há muitos problemas de ordens diversas em uma prorrogação de mandato.

A Constituição autoriza a prorrogação de mandato?

A Constituição não prevê e, na redação atual, não autoriza. Na verdade, a prorrogação de mandato é antidemocrática em si, porque os prefeitos e vereadores que lá estão foram eleitos por um período de quatro anos. Faz parte do rito da democracia a realização de eleições periódicas e o eleitor ter a possibilidade de reconduzir ou não seus candidatos. Portanto, pela Constituição, não é possível prorrogar mandatos. Mas, evidentemente, em situações extraordinárias como essa pandemia, pode haver um motivo de força maior que leve o Congresso a contemplar essa possibilidade. Eu verdadeiramente espero que não aconteça em hipótese alguma.

Por enquanto, a hipótese mais viável é adiar o pleito para o fim do ano, mantendo os mandatos dentro dos quatro anos?

O plano A é não adiar. O plano B é adiar talvez para 15 de novembro. O plano C é o primeiro domingo de dezembro. Se nós conseguirmos realizar as eleições no começo de dezembro, a gente consegue dar posse em 1º de janeiro, como prevê a Constituição. O que todos nós somos contra — e eu tive a possibilidade de conversar sobre isso com os presidentes da Câmara e do Senado — é de cancelar o pleito para fazer com que as eleições municipais coincidam com as eleições gerais de 2022. Essa é uma ideia ruim por muitas razões. A primeira é a razão democrática. Você não pode prorrogar mandatos à luz da Constituição porque esses prefeitos e vereadores foram eleitos por quatro anos. Portanto, o direito de se conduzir ou não essas pessoas pertence ao eleitor. E, de princípio, não é possível alterar isso. Prorrogar mandato é um problema de natureza constitucional. Não será totalmente errado se houver um motivo de força maior reconhecido pelo Congresso que preveja uma nova data. O segundo motivo, que o eleitor vai ter que votar em sete candidatos para sete cargos públicos simultâneos. É muita informação, é confuso e o eleitor vai ter dificuldade de fazer escolhas adequadas para sete cargos ao mesmo tempo. Em terceiro lugar, a pauta de uma eleição nacional é bastante diferente da pauta de uma eleição municipal. Na eleição geral (nacional), você está discutindo sistema econômico, está discutindo como tratar o sistema de saúde. Já em uma eleição municipal, você está discutindo transporte urbano, recolhimento de lixo, questões locais. Se você faz as duas eleições coincidirem, ou você vai municipalizar a presidencial ou vai nacionalizar a municipal. Vai haver uma inevitável perda para o debate público. Outra questão é que nas eleições municipais de agora, já estamos esperando 750 mil candidatos para prefeitos e vereadores em 5.600 municípios brasileiros. Se você coincide as eleições, você acresce a esses números todos os da eleição nacional: presidente, governador, deputados federais, estaduais, distritais e candidatos a senador. Você vai criar um inferno gerencial para a Justiça Eleitoral ter que administrar todos esses candidatos ao mesmo tempo, tendo que lidar com a Lei da Ficha Limpa. A Justiça Eleitoral não teria condições de decidir a maioria das impugnações antes das eleições. Aí, teria que anular eleições em caso de irregularidades. Não penso ser uma boa ideia que elas coincidam. Seja como for, esse é um debate político a ser travado no Congresso. O que eu considero ilegítimo é quem foi eleito para quatro anos permanecer mais tempo que isso.

O senhor foi relator das ações que questionaram a MP 966, que trata sobre a punição de agentes públicos que errarem em razão dessa pandemia. O Ministério da Saúde e o governo federal vêm autorizando o uso de medicamentos que não têm eficácia científica comprovada. Isso pode entrar no quesito de erros que estão sendo cometidos e os praticados pelo próprio presidente da República?
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Eu considero um erro qualquer prática política pública que fuja dos padrões consensuais firmados pela ciência e pela técnica médica em geral, pelo sanitaristas, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelas entidades e referências médicas do país. Onde haja consenso científico e médico, não é possível adotar uma política pública contrária a isso. Nós vivemos em um mundo iluminista, portanto as coisas têm que ser feitas com base na razão e na ciência, não em palpite e ideologias. Portanto, contrariar os padrões médicos e científicos seria considerado um erro grosseiro para fins de responsabilização do agente público. Também consideramos que se enquadraria na categoria erro grosseiro a eventual prescrição de medicamentos que não tenham sido submetidos a testes clínicos e não sejam reconhecidos pela comunidade científica como eficazes e adequados para o enfrentamento daquela moléstia a que ele se destina. Eu acho que a adoção de uma política pública de eventual distribuição de um medicamento que não tenha chancela da comunidade médico científica e nem de pesquisas clínicas, pode, sim, gerar responsabilidade. Acho que diferente é a situação de um médico específico que por uma razão A, B ou C considere que, para o seu paciente, especificamente, deva prescrever um determinado medicamento ainda quando experimental. Portanto, há uma diferença entre a responsabilidade médica individual, essa vai ser perante o Conselho Regional de Medicina (CRM), se existir, de quem tem um cargo de definir políticas públicas e o faça em contrariedade à ciência. Portanto, acho que são situações um pouco diferentes a de quem traça uma política pública da de quem prescreve para uma situação particular.

Ou seja, os responsáveis do Ministério da Saúde e do governo federal terão que responder por essa questão da cloroquina?

Eu não gostaria de concretizar isso, porque você vai ter decisões em situações concretas, mas claramente o Supremo disse que a adoção de alternativas não comprovadas médico e cientificamente, sobretudo se causarem dano a alguém, podem sim gerar responsabilidade.

O senhor acredita que debates sobre o lockdown (confinamento) em meio à pandemia podem chegar também no STF?

Pelo Brasil que nós temos vivido nos últimos anos, tudo pode chegar ao Supremo. Portanto, acho que sim, acho que é uma possibilidade real. Embora, de certa forma, o Supremo já tenha se manifestado sobre isso. O Supremo assentou que, em matéria de saúde pública, e é disso que nós estamos tratando, os três níveis de governo têm competência para atuar. A União tem, os estados têm e os municípios têm. O problema que surge é que, como existe uma certa falta de liderança unificada e uma certa falta de coordenação, você tira políticas às vezes contraditórias. Mas a verdade é que, quando você diz que os três níveis têm competências, o que você está querendo dizer é que, o que for de interesse nacional, prevalece a vontade da União, o que for de interesse mais regional, prevalece a vontade do Estado, e o que for de interesse local, prevalece a vontade do município. É fácil dizer isso em teoria, na prática podem surgir problemas, mas, por exemplo, fechamento de aeroporto, é claramente uma questão federal. A legislação e a administração dos serviços associados à aviação é uma competência da União, portanto só a União pode fechar aeroporto e proibir a vinda de voos do exterior. Agora, comércio local, é tipicamente uma questão municipal e, portanto, eu acho que mesmo que eventualmente o presidente inclua no decreto de atividades essenciais algum tipo de atividade que seja puramente local, eu acho que independentemente do decreto deve prevalecer a vontade do prefeito ou do poder municipal. Assim é uma Federação, que significa que você tem três níveis de governo e que eles devem agir coordenadamente, mas a Constituição estabelece qual é o grau de competência de cada um.

Ministro, voltando ao TSE, a gente tem ações que pedem a cassação da chapa do presidente Bolsonaro. Uma delas é sobre os disparos em massa em redes sociais que teriam ocorrido nas últimas eleições. O senhor pretende pautar esse tipo de ação?

Pretendo pautar seguindo a ordem cronológica de tudo que esteja pronto para julgamento. Portanto, essas ações de investigação perante a Justiça Eleitoral, elas são conduzidas pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral. Atualmente é o ministro Og Fernandes, que em breve, depois de muito bons serviços prestados, será substituído pelo ministro Luís Felipe Salomão, ambos integrantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Portanto, cabe ao corregedor conduzir essa investigação e, quando ela for concluída, ele comunica a mim e eu pautarei. Vai ter o ritmo que o corregedor puder dar e que as provas forem apuradas. Nós somos juízes. Eu vou ser presidente de um tribunal. Juiz não apoia ninguém nem é adversário de ninguém. Há a Constituição, há as leis e as regras para serem cumpridas e o modo como eu toco a minha vida é, a gente faz o que é certo, justo e legítimo, ninguém é protegido e ninguém é perseguido. Vamos fazer como manda a lei e se ficar pronto para julgamento, vai a julgamento.

Existe no STF um inquérito que mira o presidente, e agora foi incluído nele a possibilidade de ter ocorrido o vazamento, ao senador Flávio Bolsonaro, de uma operação da PF. Essa operação teria sido adiada para não prejudicar a campanha do presidente da República. Se ficar constatado que isso realmente ocorreu, seria uma interferência indevida nas eleições?

Olha, esse é um inquérito que é presentemente conduzido pelas mãos experientes, firmes e honradas do ministro Celso de Mello. Portanto, eu sou juiz, falo ao final da investigação, não ao início dela. Ao final da investigação nós saberemos se houve crime comum — e aí caberá ao procurador-geral da República oferecer denúncia e ao Supremo julgar —, ou houve crime de responsabilidade — e aí caberá à Câmara dos Deputados aceitar uma instauração de processo de impeachment e o Senado julgar —. Se o inquérito apurar que não houve nenhuma coisa nem outra, arquiva-se. Portanto, não tenho nenhuma opinião quando uma investigação começa. Depois que ela terminar, eu terei uma opinião. Se chegar ao Supremo, você vai ficar sabendo a minha opinião; se não chegar ao Supremo, nem isso.

Um problema que o país está enfrentando são as ameaças aos ministros do STF. Essa semana tivemos, aqui em Brasília, a prisão de duas pessoas que estavam ameaçando os desembargadores do Tribunal de Justiça do DF. Como o senhor vê isso? Um país que hoje ameaça a Justiça?

Olha, é preciso distinguir as coisas. De um lado, há manifestações que são totalmente legítimas dentro de uma democracia e no exercício da liberdade de expressão. Essas manifestações, no entanto, não podem ultrapassar o limite da legalidade, portanto, ameaça não é forma de manifestação, ameaça é crime. Agressão não é forma de manifestação, agressão é crime. Eu vejo um pouco um país em que discursos radicais vindos de lugares diferentes liberaram alguns demônios que, em uma democracia, devem ficar bem guardados. Demônios da radicalização, da intolerância e da violência, esses são inaceitáveis. Portanto, procuro distinguir bem manifestação de contrariedade, o que é legítimo de manifestações de truculência, de violência e de intolerância, o que é totalmente inaceitável. Nós precisamos, sem ninguém abrir mão das convicções, criar alguns denominadores comuns e construir algumas pontes porque o país não pode ser movido por ódio e por uma conflituosidade permanente.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou que pode até prorrogar o auxílio emergencial, mas em um valor menor, de R$ 200. Isso pode ser judicializado, visto que, hoje, esse auxílio é de R$ 600?
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Como eu falei, no Brasil de hoje, quase tudo pode ser judicializado. Mas eu acho que em questões técnicas de economia, decisões estritamente político-administrativas, eu sou de um entendimento que o Supremo deva exercer autocontenção e, portanto, não é o Supremo, em linha de princípio, quem tem a expertise para dizer quanto pode ser o auxílio emergencial. Portanto, acho que ele vai ser no valor possível. Judicializado pode ser, mas há um conceito em direito constitucional que chama de capacidades institucionais. Ainda quando o Judiciário possa ser o intérprete final, nem sempre ele deve ser o intérprete final. E acho que ele deve ser deferente para com as decisões políticas e para com as decisões técnicas dos outros Poderes, inclusive, sobretudo, o Executivo. O Judiciário só deve interferir quando houver o risco grave para algum direito fundamental ou algum risco grave para a democracia.

Existe risco à democracia em razão desses pedidos de intervenção militar, volta do AI-5?

Eu acho que talvez haja um certo exagero nesse risco. Eu presto atenção nas manifestações e, no geral, é uma minoria muito pequena, pouco significativa. Lembra-me um pouco na época do regime militar, pois eles recriam os bolsões sinceros, mais radicais. São manifestações às vezes de extrema direita em algum grau de irracionalidade, mas, no modo como eu penso, acho que numa democracia, se é uma manifestação sem violência, de pessoas privadas, eu acho que é legítima, lustra a Constituição, e acho que elas são relativamente desimportantes. Elas se tornam graves — ou se tornariam graves — na medida em que viessem a ser endossadas por agentes públicos. Porque particulares podem apoiar o fechamento do Congresso e do Supremo, o que eu lamento, acho que é um equívoco, e felizmente são alguns gatos pingados. Mas, evidentemente, quem jurou respeitar a Constituição não pode fazer isso. Portanto, agentes públicos não podem defender golpe de Estado nem fechamento de outros Poderes. Enquanto ficar confinada a um conjunto de manifestantes pré-iluministas, eu acho que isso é irrelevante e acho que, às vezes, há um certo exagero quando da parte privada. Tratando-se do risco de uma adesão de algum agente público, aí eu consideraria gravíssimo, mas pouco para demonstrar que o vigor da democracia brasileira tanto à evocação mais antiga do AI-5, quanto a essa manifestação na porta do QG do Exército. Imediatamente as pessoas em que se supõe que estivessem indevidamente apoiadas essas manifestações fizeram questão de dizer que defendem a liberdade da democracia e não desejam uma volta da ditadura.

Existe uma ação no Supremo que pede que o presidente da Câmara seja obrigado a analisar pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro, seja para dar seguimento ou negar. Como o senhor vê essa solicitação, existe prazo para avaliação de um impeachment?

Olhando para trás, o costume constitucional brasileiro sempre foi de que esta é uma prerrogativa do presidente da Câmara de instaurar ou não o procedimento. Assim tem sido historicamente. Nós temos dois precedentes de impeachment, que é uma alternativa traumática em uma democracia em que exibe um ponto das disfunções deste modelo de hiperpresidencialismo que nós adotamos no Brasil e na América Latina, e que, de uma maneira geral, frequentemente é uma usina de crises. Eu acho que, em algum momento, vamos ter que revisitar este modelo de hiperpresidencialismo latino-americano que gera, com frequência, governos autoritários na sua relação com o Congresso, e governos frágeis e fisiológicos na sua relação com o Congresso. Precisamos encontrar um formato melhor para a democracia brasileira.

Inquéritos como o que foi aberto após as declarações do ex-ministro Sergio Moro, que mira o presidente, devem ser sigilosos ou públicos?

Algumas dessas questões envolvem escolhas. Acho que, em uma democracia, a transparência em linha de princípio, é o desejável. Mas eu vou te dar um exemplo controvertido que o Brasil pratica. As sessões do Supremo Tribunal Federal são abertas ao público e transmitidas nacionalmente por TV aberta. É impossível haver mais transparência do que isso. Na maior parte dos países, como os Estados Unidos, a deliberação da Suprema Corte é feita numa sala fechada em que só entram os nove ministros e não pode entrar nenhum servidor; e, portanto, é uma deliberação totalmente não exposta à vista do público. Tem gente que prefere o modelo brasileiro e tem gente que prefere o modelo americano; eu acho que o modelo brasileiro funcionou bem para o Brasil porque deu visibilidade ao Supremo e, de certa forma, para o melhor lado da história na minha visão. Pode talvez não haver uma resposta universal. Mesmo nesse episódio do exame médico do presidente, colocou-se de um lado os pratos de uma balança da Justiça, que não é simbolizada por uma balança por acaso, é porque tem que pesar valores diferentes nos pratos. Mas, no caso do presidente, do outro lado você tem uma questão do direito de privacidade que é assegurado constitucionalmente.

Mas existe uma flexibilização do direito à privacidade de agentes públicos, certo?

Existe, sim, e vou te dar um exemplo. Eu ou qualquer agente público, a declaração de renda como pessoa privada é totalmente protegida pelo direito de privacidade. Mas, quando eu assumo um cargo público, eu preciso ir lá e apresentar para um terceiro o patrimônio, pois é como mecanismo de controle de que eu não aumentei o meu patrimônio ilegitimamente durante o cargo. Você tem todo o direito de manter a sua declaração sobre reservas, mas, se você resolver se candidatar a um cargo público, você tem que exibir as suas contas. Portanto, a resposta é “sim”, mas não quer dizer que tenha perdido totalmente a sua privacidade.


Confira a entrevista completa:

Caixa Econômica de Paulo Afonso funcionará nos feriados para pagamento do Auxílio Emergencial


Nota da Secom-BA sobre antecipação dos feriados pelo Governo do Estado

A Secretaria de Comunicação do Governo do Estado (Secom-BA) informa que serão adotadas todas as medidas necessárias para garantir o isolamento social nos feriados antecipados, inclusive o acionamento da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e da Agência Estadual de Vigilância Sanitária, com o apoio de órgãos municipais da capital.

GOVERNO DO ESTADO GARANTE FUNCIONAMENTO DA CAIXA

As forças de segurança vão estar atentas para assegurar o cumprimento da lei e do decreto por empresas privadas e públicas, com exceção das agências da Caixa Econômica Federal, que deverão funcionar exclusivamente para assegurar o pagamento do Auxílio Emergencial.

Por PA4.COM.BR

Petrolina tem 61 bairros com casos confirmados do novo coronavírus; veja lista


A Secretaria Municipal de Saúde divulgou na noite de sábado (23), mais uma atualização no número de casos confirmados do novo coronavírus, por bairro, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. De acordo com os dados, nos últimos oito dias, houve um aumento no número de bairros e comunidades, pulando de 49 para 61 localidades. O município registra 190 casos da doença.

O Centro ainda concentra o maior número, com 12 casos.Na sequência, aparecem os bairros Vila Mocó e Areia Branca, com nove, cada.

Veja a lista completa

BAIRRO | QUANTIDADE DE CASOS

Agrovila Massangano: 02
Alto da Boa Vista: 02
Alto do Cocar: 01
Antônio Cassimiro: 05
Areia branca: 09
Atrás da Banca: 03
Caminho do Sol: 03
Centro: 12
Cidade Universitária: 02
Cohab Massangano: 07
Cohab São Francisco: 01
Cohab VI: 03
Colina Imperial: 01
Dom Avelar: 03
Estrada da Tapera: 02
Gercino Coelho: 07
Henrique Leite: 01
IPSEP 1: 01
IPSEP 2: 01
Izacolândia: 01
Jardim Amazonas: 04
Jardim Guararapes: 06
Jardim Petrópolis: 02
Jardim São Paulo: 07
Jatobá: 04
João De Deus: 05
Jose e Maria: 03
Km 2: 02
Loteamento Bela Vista: 02
Loteamento Recife: 06
Mandacaru: 03
Maria Auxiliadora: 02
Monsenhor Bernardino: 01
N-10: 02
N-11: 01
N-5: 01
Nova Petrolina: 02
Orla: 02
Ouro Preto: 02
Padre Cicero: 01
Parque Massangano: 02
Parque São Paulo: 01
Pedra do Bode: 04
Pedra Linda: 02
Pedrinhas: 01
Quati 1: 01
Quati 2: 03
Residencial Padre Cicero: 01
Rio Corrente: 02
Rio Jordão: 03
São Gonçalo: 04
São Joaquim: 01
São Jorge: 03
São José: 05
Terras do Sul: 01
Vale Dourado: 01
Vila Eduardo: 08
Vila Eulália: 06
Vila Marcela: 06
Vila Mocó: 09
Vivendas: 01

Por G1 Petrolina

Paróquia de Tacaratu comemora 211 anos neste domingo (24/05); parabéns!



Fotos: Lúcia Xavier/Blog de Assis Ramalho

Por Joana Silva

MAIO é um mês de muitas coisas boas. É o mês de Maria, mês das mães, mês da Lei Áurea e é também o mês de TACARATU.

Neste domingo, dia 24 de maio/2020, a paróquia de Tacaratu comemora 211 anos. No dia 13 deste mesmo mês, comemorou-se, contraditoriamente, 66 anos de emancipação política deste que é um dos mais antigos municípios do sertão pernambucanos.

Histórico do município

Na realidade Tacaratu é município autônomo desde 1849, pela Lei provincial 248 de 24 de junho.( Esta é a certidão de nascimento do município de Tacaratu).

Com a inauguração da estrada de ferro em Jatobá de Tacaratu em 1883, a povoação prosperou rapidamente e passou à sede do munic´pio em 1887.Mesmo assim, Tacaratu continuou sede da comarca e da paróquia. Este acontecimento foi o marco inicial da decadência do município de Tacaratu.

Com alguns atropelos em Jatobá: a desavença entre os Cavalcante e Cipriano Queroz e duas grandes enchentes que destruíram muitas casas na vila, a sede do município voltou para Tacaratu em 1926.

Em 1938 Tacaratu perde novamente a sede para o segundo distrito, agora com o nome de Itaparica,só vindo a se firmar como municipio independente em 13 de maio de 1954.

Neste ano de 2020 os tacaratuenses comemoraram 66 anos de emancipação política o que na verdade seriam 66 anos de restauração da emancipação política, que se deu em 1849.

A paróquia de Tacaratu tem 211 anos e o núcleo habitacional tem cerca de 324 anos com uma linda história de Missão de pesquisa folclórica de Mario de Andrade em 1938,Festa da Farinha em 1941, Festa do Feijão em 1942, Congresso Eucarístico paroquial em 1952, ordenação de um Arcebispo, 2 padres 4 freiras e um santuário da diocese, com uma padroeira milagrosa que atrai romeiros de várias partes do pais.

Supões-se que a localização entre serras que fez desta bela cidade uma localidade escondida por várias décadas somada à indiferença de muitos dos seu filhos que não cuidaram bem da terra mãe fizeram com que o município apareça hoje com 66 anos mal vividos.

Informações: Joana Silva
Fonte de Pesquisa-Tacaratu Serra de Muitos Cabeços

Petrolândia: Igrejas são alvos de arrombamentos e furtos durante pandemia do coronavírus


A Igreja Batista Emanuel Reformada em Petrolândia - PE, localizada na Av. Auspicio Valgueiro Barros, Quadra 09, centro da cidade, teve objetos furtados na quinta-feira, 21 de Maio de 2020.

 Foram furtados: microfones, pedal sustan e aparelho de DVD.  As Igrejas estão sendo alvo de arrombamentos e furtos, durante esse momento de pandemia do novo coronavírus. 

A informação foi passada a reportagem do Blog de Assis Ramalho e da Web Rádio Petrolândia, por meio do Diácono Sandro Ramos.

''Que o SENHOR Deus tenha misericórdia desses maus elementos'' efatizou o religioso.

Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Informação: Diácono Sandro Ramos

Mais futo a Igreja em Petrolândia

No dia 02 de maio deste mês, a 1° Igreja Batista Memorial em Petrolândia-PE - com sede no bairro Nova esperança, também foi roubada - Veja reportágem abaixo


Da Redação do Blog de Assis Ramalho