O movimento que levou ao acolhimento do nosso pedido de Tombamento da igreja semi-submersa de Petrolândia não começou agora.
Em 24.03.2011, o então prefeito Lourival Simões já encaminhava oficio ao Secretário de Cultura e à CHESF, solicitando recursos e levantamentos técnicos para um projeto de recuperação da estrutura do prédio, com objetivo de garantir a preservação do patrimônio para uso turístico, sem obter êxito.
No anos seguinte, em 15.03.2012, a Secretaria Municipal de Turismo apresentou projeto de construção de um píer flutuante no entorno da Igreja, com objetivo de facilitar o acesso do turista em visitação. Um orçamento no valor de quase R$ 200 mil chegou a ser apresentado, mas o projeto não avançou, provavelmente em função do custo.
Inspirado na mesma ideia, o professor Paulo Campos, em 2014, encaminhou ao IPHAN projeto semelhante na intenção de obter o tombamento, porém teve seu pedido indeferido.
Em abril de 2019, desta vez sob a gestão de Janielma de Souza, a prefeitura novamente encaminhou oficio à Secretaria de Cultura solicitando recursos para recuperação da estrutura, com o objetivo de garantir visitas turística e educacionais às ruínas.
Em nenhum dos casos há, conforme a lei, um pedido formal de tombamento, mas sim de ajuda a projetos baseados no interesse turístico.
Foi também visando a divulgação do lugar para fins turísticos que este ano foi autorizada a gravação do clipe do DJ Bhaskar. Com instalação de equipamentos de som e iluminação nas ruinas da igreja, o evento gerou polêmica e dividiu opiniões, não só em Petrolândia, mas nas redes sociais de modo geral.
Apesar do risco ao patrimônio, tal evento serviu para despertar o interesse pelo cuidado deste que é único símbolo visível da antiga Petrolândia.
A partir dele, uma série de atitudes é desencadeada: imediatamente o IGH publica nota de repúdio com relação ao evento e denuncia o descaso ao MP. O blog Gota D.Agua publica texto da geógrafa petrolandense, Milena Barros Gomes, contendo duras críticas ao turismo predatório. O Vereador Prof. Evaldo faz visita ao IPHAN a fim de obter orientação sobre possíveis medidas em garantia ao patrimônio. Em seguida propõe à Câmara projeto de Lei considerando a Igreja patrimônio Histórico e Cultural de Petrolândia. Um abaixo assinado é iniciado e rapidamente consegue mais de mil assinaturas em apoio ao tombamento.
Em paralelo, atendendo ao nosso apelo, Leo Cisneiros, do Movimento Direitos Urbanos de Recife, com larga experiencia em lutas pela proteção do Patrimônio material, prontamente coloca-se à disposição para colaborar na formatação do requerimento de solicitação do Tombamento . A nós juntam-se as deputadas do co-mandato JUNTAS, o movimento Rio de Lutas , de Paulo Afonso, e a Câmara de Vereadores com uma moção de aplauso ao IGH pela inciativa da ação.
Assim, juntos, cada uma à sua maneira e ao seu tempo, fomos dando os passos que culminaram na aprovação ao requerimento de pedido de tombamento da Igreja do Sagrado Coração de Jesus.
Vencemos a primeira batalha. Seguimos agora na torcida pela aprovação do tombamento no Conselho Estadual de Cultura.
Somos gratos à todos os que colaboraram até aqui nessa luta.
No entanto, todo esse esforço coletivo somente será válido, se a população e o poder público passarem a olhar aquela paisagem ( a igreja em meio ao lago), como uma herança cultural a ser preservada para as gerações futuras.
Desta forma, e só assim, como produto da cultura, o turismo local poderá favorecer economicamente a cidade de forma duradoura.
Por : Paula Francinete Rubens de Menezes - Educadora, Escritora e Presidenta do IGH de Petrolândia. Em 24.03.2011, o então prefeito Lourival Simões já encaminhava oficio ao Secretário de Cultura e à CHESF, solicitando recursos e levantamentos técnicos para um projeto de recuperação da estrutura do prédio, com objetivo de garantir a preservação do patrimônio para uso turístico, sem obter êxito.
No anos seguinte, em 15.03.2012, a Secretaria Municipal de Turismo apresentou projeto de construção de um píer flutuante no entorno da Igreja, com objetivo de facilitar o acesso do turista em visitação. Um orçamento no valor de quase R$ 200 mil chegou a ser apresentado, mas o projeto não avançou, provavelmente em função do custo.
Inspirado na mesma ideia, o professor Paulo Campos, em 2014, encaminhou ao IPHAN projeto semelhante na intenção de obter o tombamento, porém teve seu pedido indeferido.
Em abril de 2019, desta vez sob a gestão de Janielma de Souza, a prefeitura novamente encaminhou oficio à Secretaria de Cultura solicitando recursos para recuperação da estrutura, com o objetivo de garantir visitas turística e educacionais às ruínas.
Em nenhum dos casos há, conforme a lei, um pedido formal de tombamento, mas sim de ajuda a projetos baseados no interesse turístico.
Foi também visando a divulgação do lugar para fins turísticos que este ano foi autorizada a gravação do clipe do DJ Bhaskar. Com instalação de equipamentos de som e iluminação nas ruinas da igreja, o evento gerou polêmica e dividiu opiniões, não só em Petrolândia, mas nas redes sociais de modo geral.
Apesar do risco ao patrimônio, tal evento serviu para despertar o interesse pelo cuidado deste que é único símbolo visível da antiga Petrolândia.
A partir dele, uma série de atitudes é desencadeada: imediatamente o IGH publica nota de repúdio com relação ao evento e denuncia o descaso ao MP. O blog Gota D.Agua publica texto da geógrafa petrolandense, Milena Barros Gomes, contendo duras críticas ao turismo predatório. O Vereador Prof. Evaldo faz visita ao IPHAN a fim de obter orientação sobre possíveis medidas em garantia ao patrimônio. Em seguida propõe à Câmara projeto de Lei considerando a Igreja patrimônio Histórico e Cultural de Petrolândia. Um abaixo assinado é iniciado e rapidamente consegue mais de mil assinaturas em apoio ao tombamento.
Em paralelo, atendendo ao nosso apelo, Leo Cisneiros, do Movimento Direitos Urbanos de Recife, com larga experiencia em lutas pela proteção do Patrimônio material, prontamente coloca-se à disposição para colaborar na formatação do requerimento de solicitação do Tombamento . A nós juntam-se as deputadas do co-mandato JUNTAS, o movimento Rio de Lutas , de Paulo Afonso, e a Câmara de Vereadores com uma moção de aplauso ao IGH pela inciativa da ação.
Assim, juntos, cada uma à sua maneira e ao seu tempo, fomos dando os passos que culminaram na aprovação ao requerimento de pedido de tombamento da Igreja do Sagrado Coração de Jesus.
Vencemos a primeira batalha. Seguimos agora na torcida pela aprovação do tombamento no Conselho Estadual de Cultura.
Somos gratos à todos os que colaboraram até aqui nessa luta.
No entanto, todo esse esforço coletivo somente será válido, se a população e o poder público passarem a olhar aquela paisagem ( a igreja em meio ao lago), como uma herança cultural a ser preservada para as gerações futuras.
Desta forma, e só assim, como produto da cultura, o turismo local poderá favorecer economicamente a cidade de forma duradoura.
Blog de Assis Ramalho
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