quarta-feira, dezembro 09, 2020

Jovem de 16 anos morre vítima da Covid-19 no interior do Paraná: 'Era cheia de sonhos', diz mãe

Giovana Campiotto tinha 16 anos e sonhava em ser policial federal — Foto: Arquivo pessoal

Uma jovem de 16 anos morreu vítima da Covid-19 em Marilândia do Sul, no norte do Paraná, na segunda-feira (7). Giovana Campiotto testou positivo para a doença em novembro e teve uma piora rápida no estado de saúde, segundo a família.

A mãe de Giovana, Terezinha Campioto, contou que a filha já tinha passado pelo período de isolamento, mas continuava em tratamento por causa das sequelas deixadas pela doença.

Terezinha disse que toda a família testou positivo para a Covid-19. Após o diagnóstico, Giovana chegou a procurar atendimento médico algumas vezes, mas não precisou ficar internada.

Na noite de segunda-feira, enquanto estava em casa, a jovem começou a passar mal. Segundo a família, Giovana foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas morreu momentos depois.

"Muito rapidamente ela teve uma piora momentânea, sem tempo de nada. Essa doença é muito traiçoeira. Ela leva muito rápido", contou a mãe da jovem.

O corpo de Giovana foi sepultado nesta terça-feira (8). Amigos e familiares fizeram homenagens para a jovem em redes sociais.

Sonhos

Aos 16 anos, Giovana estava no segundo ano do Ensino Médio e matriculada em um colégio de Apucarana, na região norte.

A mãe da jovem conta que a adolescente tinha o sonho de cursar Direito e se tornar policial federal.

"Era o sonho dela tentar essa carreira. Desde muito criança, era o foco da vida dela. Ela era estudiosa, cheia de sonhos. Era uma neta exemplar, amada por toda a família. Era incrível", disse.

Terezinha contou ainda que a filha era saudável, tendo apenas um problema de nascença no fígado. No entanto, a mãe acredita que esse problema não influenciou no agravamento da Covid-19.

"Eu tenho na família pessoas idosas, com doença pulmonar, que passaram pela doença. Ela era a bebê da turma, que não teria problema pela lógica. Família é o que a gente mais ama, e o que a gente pode fazer é se cuidar para não passar por essa dor infinita."

Por Wesley Bischoff, G1 PR

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