Metrologistas do Ipem-PE elaboraram dicas para auxiliar no uso correto do equipamento
Desde o aumento do número de casos confirmados do novo coronavírus e com a retomada gradual das atividades, uma dos protocolos adotados para evitar a propagação do vírus é mensurar a temperatura das pessoas em aeroportos, fábricas, supermercados, hospitais, entre outros lugares que precisam manter a movimentação moderada. Como a febre é um dos sintomas comuns da doença, essa verificação é mais uma forma de identificar possível risco e prevenir o contágio.
Nesse novo contexto, os termômetros vêm sendo grandes aliados, principalmente os de infravermelho, que permitem a medição sem o contato direto com a pessoa. Eles medem a energia irradiada pelo paciente, que é convertida em um valor de temperatura. O método é mais seguro, pois diminui uma possível contaminação cruzada entre pessoas. Existem termômetros infravermelhos de ouvido e de testa.
Estes instrumentos, diferentemente dos termômetros digitais e de vidros, não são regulamentados pelo Inmetro, pois não existe um controle metrológico para avaliação de modelo e verificações iniciais. Seu registro se dá apenas no âmbito da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entretanto, considerando que o uso não adequado pode resultar em diagnósticos errados, a equipe de Metrologia Legal do Ipem-PE elaborou algumas dicas para auxiliar usuários no correto uso de termômetros infravermelhos de testa ou ouvido.
Embora os procedimentos de uso sejam específicos para cada modelo e o manual de instruções tenha algumas recomendações comuns a todos os instrumentos, destacam-se os seguintes cuidados:
1. Verifique se a lente ou o sensor de infravermelho estão livres de detritos, sujeira ou condensação que possam afetar a precisão da leitura. Se necessário, use um cotonete macio e álcool para limpá-lo. Cuidado para não arranhar a lente ou o sensor.
2. As medições devem ser realizadas nas condições ambientes (temperatura e umidade) especificadas pelo fabricante, devendo também aguardar alguns minutos para que o indivíduo possa repousar, caso tenha feito algum esforço físico.
3. Possíveis erros na leitura podem estar relacionados à atividade física e à ingestão de bebidas e comidas (durante a medição e/ou minutos antes). Dessa forma, é importante averiguar com o indivíduo essa possibilidade.
4. Ao fazer a leitura, assegure-se de que a lente ou sensor de infravermelho estejam a um ângulo reto (90°) da superfície do alvo, ou seja, perpendicular ao alvo.
5. Veja no manual de instruções qual deve ser a distância entre a lente ou sensor do instrumento e a superfície a ser medida. Esse cuidado é muito importante, pois distâncias maiores ocasionarão leituras menores, podendo uma pessoa febril não ser diagnosticada como tal.
6. Há modelos que possuem recurso de selecionar a unidade de medida, graus Celsius (°C) ou graus Fahrenheit (°F). Deve-se selecionar a unidade de medida °C.
7. Há modelos que possuem dois modos de medição: o destinado à determinação da temperatura do local do corpo humano (“modo corpo”) e um geralmente designado como “modo objeto”, de finalidades diversas, até mesmo para determinar a temperatura de superfícies de líquidos.
8. Se a leitura for considerada insatisfatória, opte por usar um termômetro de contato com modelo aprovado pelo Inmetro, para assegurar o resultado da temperatura da pessoa.
Ipem-PE
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