quinta-feira, agosto 13, 2020

Nova gasolina: tire suas dúvidas para saber a mudança será boa para você


Atual especificação acerca do novo combustível levantou questionamentos dos clientes, seja pelo preço ou pelo desempenho

Em vigor desde o dia 3 de agosto, as nova especificações da gasolina, estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), trouxeram diversas dúvidas, seja no bolso ou na cabeça dos brasileiros.

A nova gasolina terá que apresentar massa específica mínima de 715 kg/m³ e octanagem 92, de acordo com a metodologia RON. Já a gasolina premium deve ter no mínimo octanagem RON 97. Mas o que isso significa na prática?

O Metrópoles ouviu o professor Marcus Gomes, do departamento de Engenharia Mecânica do Centro Universitário FEI, em São Paulo, acerca da nova especificação da gasolina causar uma elevação nos preços nas bombas.

O especialista acredita que o preço por litro vai aumentar, mas em virtude da mudança da tecnologia.


“Considero uma incerteza e acredito que essa resposta deve partir da Petrobras, que detém as informações de custo de operação e que pode avaliar o impacto da mudança e a necessidade de corrigir o valor para o consumidor final”, pontua.

Segundo Marcus, o aspecto positivo já confirmado é que o gasto com combustível por quilometro rodado será menor. “Na ordem de 4 a 6% e esta redução pode ser diretamente proporcional a uma economia para o usuário final”, destaca.

Impacto nos motores

Outro impacto positivo acontece no processo de identificação de adulteração, que será mais nítido. “Principalmente pela questão da densidade, a verificação das características podem mais facilmente confirmadas”, aponta Gomes.

O ganho na força dos motores é mais um fator para alegria dos usuários. “A nova gasolina possui maior densidade energética (mais energia por litro de combustível) e, principalmente no caso dos veículos mais modernos que possuem motores com tecnologia mais avançada, esse ganho pode ser mais percebido pelo motorista”, declara.

O bolso também sofrerá um alívio. “A estimativa é que a redução de consumo seja da ordem de 4% a 6% que pode ter ainda a contribuição com a redução da adulteração que além de prejudicar o motor também piora o consumo”, acredita.

O professor finaliza com os riscos de dano ao motor, que segundo ele, vão diminuir. “Esse tende a ser o maior ganho para o usuário final. O dano causado por combustíveis adulterados pode ser o maior custo, com a manutenção corretiva do motor”, conclui.

Correio Braziliense

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