A futura vacina contra covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca será vendida "a preço de custo" em todo o mundo, disse o diretor do laboratório farmacêutico britânico, que espera entregá-la "antes do final do ano".
"Nosso objetivo é fornecer a vacina para o mundo inteiro, temos uma meta que também é fazer isso sem lucro, ou seja, entregaremos a vacina a preço de custo em todo o mundo", disse Pascal Soriot, diretor-geral da AstraZeneca, à RTL.
"A preço de custo, será em torno de 2,5 euros por unidade", acrescentou. No câmbio desta terça (21), com o euro a R$ 5,96, isso representaria algo em torno de R$ 15.
O grupo americano Johnson & Johnson espera fazer o mesmo, enquanto Pfizer, Merck e Moderna confirmaram na terça-feira que não venderão suas vacinas a preço de custo, durante uma audiência no Congresso dos EUA.
Os primeiros testes clínicos da vacina AstraZeneca produziram uma resposta imune significativa e provaram ser seguros para os pacientes.
Sua eficácia deve ser estabelecida em um estudo de fase 3, com um número muito maior de participantes, antes de considerar sua comercialização em larga escala.
"Nossa esperança é ter resultados (para este estudo de fase 3) no outono (boreal), então achamos que estaremos em condições de administrar a vacina até o final do ano, no mais tardar", disse Soriot.
"Trabalhamos de acordo com os reguladores, trocamos dados diários para que a avaliação seja feita rapidamente. Fabricamos ao mesmo tempo em que fazemos testes clínicos, o que economiza tempo", afirmou.
O grupo começou a produzir vacinas "em muitas regiões" para que "estejam disponíveis para serem usadas se os resultados clínicos forem positivos", esclareceu o diretor da AstraZeneca.
Outro projeto de vacina realizado em Wuhan, China, por pesquisadores de várias agências, produziu resultados encorajadores durante os ensaios clínicos preliminares.
Muitos pesquisadores e laboratórios ao redor do mundo participam de uma corrida contra o tempo para encontrar uma vacina segura e eficaz contra a COVID-19.
Cerca de 200 projetos estão sendo desenvolvidos, incluindo 23 na fase clínica (testados em seres humanos).
AFP
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