quarta-feira, julho 08, 2020

Conselho Nacional propõe que escolas evitem reprovar em 2020 por conta da pandemia

Escola Estadual Delmiro Gouveia - Petrolândia - (Foto: Assis Ramalho/BlogAR)

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, nesta terça-feira (7), um parecer com sugestões para organizar a volta às aulas. Uma das principais recomendações é para que escolas públicas e privadas evitem a reprovação dos estudantes neste ano. Em todo o País, muitas instituições estão oferecendo aulas remotas por causa da pandemia do coronavírus, mas nem todos os alunos conseguem ter acesso.

O CNE sugere a revisão dos critérios de avaliação "com o objetivo de evitar o aumento da reprovação e do abandono escolar". "Este não é o ano em que deveríamos pensar em reprovar, mas em não deixar nenhum aluno para trás", afirmou Mozart Neves, conselheiro do CNE e ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo. De acordo com o especialista em educação, é preciso pensar em estratégias para evitar que a desigualdade leve a um abandono escolar ainda maior.

O documento prevê também a possibilidade de antecipar o início do ano letivo de 2021 para garantir a aprendizagem que não tenha ocorrido neste ano. O parecer ainda precisa ser homologado pelo Ministério da Educação, o que deve ocorre nos próximos dias. Há, no total, 14 pontos com recomendações gerais para o planejamento do retorno das aulas:

Observação dos protocolos sanitários nacional e locais;

Coordenação e cooperação de ações entre os níveis de governo;

Estabelecimento de Redes Colaborativas entre níveis educacionais e entidades publicas e particulares;

Coordenação territorial;

Estabelecimento do calendário de retorno;

Planejamento do calendário de retorno;

Comunicação, com ampla divulgação dos calendários, protocolos e esquemas de reabertura;

Formação e capacitação de professores e funcionários;

Acolhimento, com atenção especial a todos os alunos considerando as questões socioemocionais que podem ter afetado muitos estudantes, famílias e profissionais da escola durante o isolamento;

Planejamento das atividades de recuperação dos alunos;

Flexibilização acadêmica, considerando a possibilidade de planejar um continuum curricular 2020-2021;

Coordenação do Calendário 2020-2021;

Flexibilização regulatória, com a revisão dos critérios adotados nos processos de avaliação com o objetivo de evitar o aumento da reprovação e do abandono escolar;

Flexibilização da frequência escolar presencial.

Por JC Online



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