De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Simone deu entrada no Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) por volta das 15h30. Além dela, também seguiram para a unidade Luciane Zuffo Vargas de Andrade, dona da empresa Sonoar, e Alcineide Figueiredo Pinheiro, que é ex-gerente de compras da secretaria de saúde. Renata Silva foi presa em São Bernardo do Campo, onde a família mora.
João Paulo Marques dos Santos, ex-secretário de saúde; Perseverando da Trindade Garcia Filho, ex-secretário executivo adjunto de saúde; Fábio José Antunes Passos, dono da FJAP Importadora; e o empresário Cristiano da Silva Cordeiro foram levados para o Central de Recebimento e Triagem.
O governo do Amazonas disse, por meio de nota, que "aguarda o desenrolar e informações mais detalhadas da operação que a Polícia Federal realiza em Manaus para, posteriormente, se pronunciar sobre a ação".
A operação deflagrada nesta manhã cumpriu mandados na sede do governo do estado e na casa do governador. Em um dos endereços, em Manaus, encontraram R$ 13,7 mil em dinheiro em uma gaveta. Também foram na secretaria de saúde, na capital.
Investigadores informaram à TV Globo que o governador Wilson Lima, não quis fornecer a senha de dois celulares apreendidos nesta terça-feira (30). Ele estava em Brasília quando os mandados foram cumpridos.
A PF chegou a pedir a prisão de Lima, mas Falcão disse que, "ao menos neste momento", isso não se justifica.
Segundo a investigação, foram identificadas compras superfaturadas de respiradores; direcionamento na contratação de empresa; lavagem de dinheiro; e montagem de processos para encobrir os crimes praticados com a participação direta do governador.
"No requerimento, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo sustenta que as investigações permitiram, até o momento, "evidenciar que se está diante da atuação de uma verdadeira organização criminosa que, instalada nas estruturas estatais do governo do estado do Amazonas, serve-se da situação de calamidade provocada pela pandemia de Covid-19 para obter ganhos financeiros ilícitos, em prejuízo do erário e do atendimento adequado à saúde da população".
Em um dos contratos investigados foi encontrada suspeita de superfaturamento de, pelo menos, R$ 496 mil, segundo a investigação. A força-tarefa também apurou que os respiradores foram adquiridos por valor superior ao maior preço praticado no país durante a pandemia, com diferença de 133%.
Por G1 AM
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