Em relação ao crime contra a Lei de Segurança Nacional, a representação enviada pelo ministro foi arquivada. Sara já tinha sido alvo de busca e apreensão no inquérito das fake news em 27 de maio. Foi essa ação policial que fez com que a militante bolsonarista disparasse ofensas contra o ministro. Além de dizer que queria trocar socos com o magistrado, ela o chamou de “covarde” e afirmou que descobriria tudo sobre a vida do magistrado, incluindo os lugares que ele frequenta. "Nunca mais vai ter paz na sua vida”, ameaçou.
Na denúncia, o procurador da República Frederick Lustosa relata que Sara "utilizou-se das redes sociais para atingir a dignidade e o decoro do ministro, ameaçando de causar-lhe mal injusto e grave, com o fim de constrangê-lo". Se condenada, ela pode ser obrigada a pagar R$ 10 mil a Moraes por danos morais. No entanto, a investigada foi alvo de prisão temporária em outro inquérito, que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos contra o Congresso e o STF.
O advogado de Sara, Bertoni Barbosa, disse que a denúncia é só mais um motivo para que falem mal de sua cliente. "Ela é uma presa política", afirmou. Sara foi detida temporariamente na última segunda-feira (15/6) no âmbito do inquérito das fake news. O STF expediu mandado de prisão, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), também contra outras cinco pessoas ligadas ao grupo "300 do Brasil" pelo mesmo inquérito.
Por Correio Braziliense
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