segunda-feira, junho 15, 2020

Polícia Federal faz operação contra desvios de R$ 7 milhões na Saúde de Cabo Frio, RJ

Cumprimento dos mandados na sede da Secretaria Municipal de Cabo Frio
Cumprimento dos mandados na sede da Secretaria Municipal de Cabo Frio - Divulgação / Polícia Federal

A Polícia Federal faz, desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (15), a Operação Exam (exame, em tradução livre), que investiga desvios de recursos públicos com fraudes em licitações na área da Saúde de Cabo Frio, na Região dos Lagos.

A ação conta com cerca de 90 agentes da PF e 16 auditores da Controladoria-Geral da União (CGU), que cumprem 30 mandados de busca e apreensão.

Os mandados estão sendo cumpridos nos seguinte municípios:
. Cabo Frio (Região dos Lagos)
. São Pedro da Aldeia (Região dos Lagos)
. Rio de Janeiro (RJ)
. São João de Meriti (Baixada Fluminense)
. Nova Iguaçu (Baixada Fluminense)
. Miracema (Norte Fluminense)
. Serra (Espírito Santo)

Em Cabo Frio, os policiais cumprem os mandados na sede de Secretaria Municipal de Saúde e no Hospital de Campanha Unilagos.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em São Pedro da Aldeia e estão relacionados a 28 alvos, sendo 14 pessoas físicas, 11 empresas e três órgãos públicos.

De acordo com as investigações, feitas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela CGU, os desvios podem ter causado um prejuízo de mais de R$ 7 milhões aos cofres públicos.

A CGU encontrou irregularidades nas compras e baixas de medicamentos feitas pela Secretaria de Saúde de Cabo Frio, em 2018, além de duplicidade nos pagamentos de exames de sangue.
A investigação revelou, ainda, indícios de fraudes na aplicação de recursos destinados ao combate do novo coronavírus (covid-19), através do Hospital Unilagos. Há indícios da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude ao caráter competitivo da licitação, peculato e associação criminosa.
Ainda segundo a CGU, Cabo Frio já recebeu R$ 55.996.906,61 repassados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2020.

"A má aplicação desses recursos da área da Saúde, em um momento tão delicado como o atual, é extremamente prejudicial para a sociedade, que já está sendo bastante afetada pelos efeitos da pandemia", alega a Controladoria-Geral da União.

Por O Dia-RJ

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