A Polícia Federal apreendeu, nesta terça-feira (23), cerca de R$ 100 mil em espécie, a maioria escondido em uma geladeira e um freezer, e dois diamantes durante o cumprimento de mandados da Operação Estatueta, que mira um esquema de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Entre os chefes da quadrilha, segundo os investigadores, está um alemão que mora no Recife (veja víde.
Foram emitidos pela 13ª Vara da Justiça Federal dez mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão para os estados de Pernambuco, São Paulo, Acre e Ceará. Segundo a PF, por volta das 11h, apenas um alvo seguia foragido, no Ceará.
A PF afirmou que o alemão suspeito de chefiar a quadrilha mora no Recife com a mulher, que é brasileira e também suspeita de fazer parte da quadrilha. Os dois foram presos.
"A esposa dele sabia de tudo, atuava com ele tanto na lavagem de dinheiro, quanto na organização do tráfico. [...] O líder lavava dinheiro tanto com imóveis, como com veículos e pedras preciosas. No apartamento dele, foram encontrados dois diamantes", afirmou o delegado Dário Sá Leitão.
Um ex-policial federal alvo da ação já foi preso por tráfico de drogas cumpriu pena, exercendo atualmente a advocacia, segundo os investigadores. Os três estão entre os presos nesta terça, mas não tiveram os nomes revelados.
Além dos mandados, a Justiça Federal determinou a apreensão de três veículos, bloqueio contas bancárias de nove pessoas físicas e jurídicas, sequestro de seis imóveis e afastamento do sigilo fiscal de nove pessoas físicas e jurídicas.
Cerca de 60 policiais federais cumpriram as ordens judiciais simultaneamente no Recife, Rio Branco (AC), Fortaleza e São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo. No Acre, foram cumpridos dois mandados de prisão, sendo um para um homem que já estava preso, e outro em São Paulo. No Recife, foram quatro mandados de prisão.
Os chefes do esquema criminoso viviam uma vida de luxo, segundo o delegado. "Eles se diziam empresários, viviam em um imóvel de alto padrão, de mais de R$ 2 milhões, na Beira Mar em Piedade. Tinham empresas no nome, mas na realidade viviam do dinheiro do tráfico", declarou.
Os imóveis comprados pela quadrilha na Região Metropolitana do Recife, levando em conta apenas os valores declarados no registro dos imóveis, ultrapassam a quantia de R$5 milhões, apontou a Polícia Federal.
A investigação começou em 2018, quando os policiais federais monitoravam um alvo local e identificaram um estrangeiro. Desde então, o grupo era monitorado, inclusive através de interceptação de ligações. Foi assim que a PF descobriu como os criminosos traziam da fronteira entre o Brasil e a Bolívia para o Recife, de onde remetiam para a Europa.
"Essa organização criminosa atuava introduzindo cocaína, que era importada da Bolívia e era trazida para o Recife pelo Acre ou via São Paulo. Chegando aqui a cocaína era escondida em estatuetas e era levada por mulas para a Europa, principalmente para a Alemanha", detalhou o investigador.
Em um dos flagrantes, os policiais encontraram 16 quilos de cocaína escondidos em duas estatuetas. Ao todo, ao longo da investigação, mais de 30 quilos da droga foram apreendidos. O caso segue sob investigação da PF.
por G1 PE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.