A decisão de pedir demissão foi tomada após o ministro sofrer ataques dentro e fora do governo - FOTO: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
A revista Veja publicou, na noite desta quarta-feira (3), que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, deve pedir exoneração da pasta. Segundo a publicação, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e representantes do Parlamento foram informados da decisão a partir de integrantes do Palácio do Planalto, que fizeram a notícia circular nos bastidores.
A decisão de pedir demissão foi tomada após o ministro sofrer ataques dentro e fora do governo, principalmente devido ao comentário feito durante a reunião ministerial do dia 22 de abril de 2020 no qual chamou os ministros do STF de 'vagabundos'. Fontes informaram à revista Veja que a saída de Weintraub deve acontecer até o fim desta semana.
Na noite desta quarta-feira, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o recurso apresentado pela defesa do ministro Abraham Weintraub para adiar o depoimento, marcado para esta quinta-feira (4), no âmbito do inquérito em que é investigado por racismo contra a China. Os advogados alegaram que, devido ao cargo ocupado no governo, o ministro poderia escolher a data e horário da oitiva. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.
Na decisão, o decano apontou que a possibilidade de escolher o dia de depoir só é válida para vítimas e testemunhas. Neste inquérito, Weintraub é investigado. No entanto, Celso de Mello afirmou que, durante a oitiva, Weintraub tem o direito de ficar em silêncio ou não responder às perguntas da Polícia Federal.
A investigação em questão se deu após uma publicação feita pelo ministro no Twitter. Ele insinuou que a China sairá "fortalecida da crise causada pelo coronavírus, apoiada por seus aliados no Brasil". "Quem são os aliados no Brasil do plano infalível do Cebolinha (personagem da Turma da Mônica) para dominar o mundo", publicou, mas logo em seguida deletou a postagem. Na publicação, Weintraub usa uma imagem dos personagens da Turma da Mônica na Muralha da China, substituindo a letra 'r' pela letra 'l', fazendo referência ao modo de falar de Cebolinha, para insinuar que estaria se referendo aos chineses.
Por JC Online
Com informações da VEJA
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