Com longo tempo de serviços prestados as prefeituras de Jatobá e Petrolândia, seu Pedro Mororó morreu nesta segunda-feira em Jatobá.
Por Climério Lima
Em 1993 fui contratado pela prefeitura de Petrolândia para trabalhar no Mercado Público. Disseram que eu seria Agente Arrecadador, mas, na verdade, além de cobrar impostos na feira livre, também era responsável pela limpeza do local e aí entra a figura de Pedro Mororó.
Foi o meu parceiro de trabalho na limpeza do mercado até 1996, quando fui convidado por Silas Pinto para assumir um cargo na Administração e depois, quando houve a eleição e fui assumir o Gabinete do então prefeito João Gomes e Jatobá.
Nunca perdi a ligação com esse ser humano incrível. Dedicado ao trabalho, paciente, amigo, tornou-se tão ligado ao mercado que ninguém teve a ousadia de tirar ele de lá, mesmo depois que aposentou. Morava no prédio do mercado e continuava ajudando no que era possível.
Não conheci nenhum parente dele, não tinha recursos financeiros ou bens, mas nunca o vi reclamar de nada. Era doçura em pessoa, disposto a ajudar.
Seu Pedro Mororó tinha um sorriso fácil e certa vez, quando cheguei para trabalhar no mercado, havia uma infestação de ratos, colocamos ratoeiras e pegamos mais de 20 deles. Seu Pedro nunca esqueceu esse episódio e, da vez mais recente que nos vimos, ele lembrou esse acontecido e demos muitas risadas.
Lamento essa perda. Enche o meu coração de tristeza, mas também da alegria de conhecer e conviver, num mundo tão complicado e cheio de pessoas exigentes, com alguém que nos ofereceu e nos deixou a sua simplicidade como o seu maior legado.
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