Todos sabem. Toda forma de nascimento é um milagre. Nascimento é quebra de crepúsculo. A cria que desliza pelas pernas arranca com ela as agonias da carne. A contração derradeira acende o definitivo da luz.
A mãe recebe no colo o filho de suas entranhas. Aqueles pequenos olhos já sabem olhar. O amor não requer apresentações. Sabe-se na carne. Por isso, de toda a sorte, se amar é perder a pertença, ser mãe também é seguir a mesma desventura.
É ser invadida por outro ser. É ver rasgada a cortina que a preservou por muito tempo indivisa. É transposição dos sentidos. É não se ocupar com demoras. É como se, pelo mistério permanente do cordão que um dia atou o filho ao seu ventre, a ela pertencesse. Afinal, os filhos seguem a mesma regra das sementes: germina quando é cuidado.
Á TODAS AS MÃES, UM AGRADECIMENTO, UMA PRECE.
Por: Fernando Batista
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