O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ironizou, em uma mensagem no Twitter, o tempo de duração do depoimento do ex-ministro de Justiça e Segurança Pública Sergio Moro à Polícia Federal ontem, em Curitiba. Bolsonaro disse que "Moro não era ministro", mas sim "espião" no governo de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro. O ex-ministro pediu demissão do cargo alegando tentativa de interferência na Polícia Federal com a exoneração de Maurício Valeixo.
O depoimento de Moto durou mais de 8 horas. Segundo informações da Globonews, ele teria confirmado as acusações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre crimes de interferência política na PF e apresentou novas provas entre áudios, troca de mensagens e e-mails.
O relator é o ministro Celso de Mello, que deixa a corte no fim do ano. Em entrevista à revista Veja, Moro disse que considerou "intimidação" o fato de a Procuradoria-Geral da República o investigar por suposta denúncia falsa. Aras foi indicado ao cargo pelo próprio Bolsonaro, numa ação em que o presidente deixou de escolher um nome da lista tríplice de candidatos eleitos internamente pelo Ministério Público Federal.
Em resposta, Aras disse que não admite ser manipulado ou intimidado. A demissão de Moro foi o desfecho de uma crise que começou em 2019, quando Bolsonaro interveio na PF no Rio de Janeiro.
Ao pedir exoneração do cargo de ministro no último dia 24 de abril, Moro afirmou que Bolsonaro tentou interferir e receber dados sigilosos de investigações da Polícia Federal.
Bolsonaro admite que quer ter acesso a relatórios de inteligência diretamente da PF todos os dias. Moro afirma que isso é interferência e que é uma atitude antirrepublicana e contra os princípios constitucionais. Bolsonaro considera que esse procedimento é normal.
Por UOL
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