O governo do Ceará informou que tomará as “medidas judicias cabíveis” contra a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) por ela ter dito que no estado há caixões sendo enterrados vazios. Desde o agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil, que já vitimou mais de 6.000 pessoas, grupos bolsonaristas têm circulado fake news de que os governos estaduais estão inflando o número de mortes para prejudicar o presidente.
O governo cearense comandado por Camilo Santana (PT) declarou que as declarações de Carla Zambelli são “levianas”, “inconsequentes”, um “insulto aos profissionais de saúde” e “às famílias das vítimas, que já sofrem neste momento difícil”.
A deputada federal fez as declarações na última quarta-feira em entrevista à Rádio Bandeirantes. “No Ceará, tem caixão sendo enterrado vazio, tem uma foto de uma moça carregando caixão com os dedinhos”, disse ela. Na semana passada, Zambelli envolveu-se em outra polêmica quando Sergio Moro vazou uma troca de mensagens em que a deputada tentava convencê-lo a ficar no Ministério da Justiça, em troca de uma indicação futura a uma vaga no STF.
Deputados do PT chegaram a dizer que entrariam com ações contra a deputada por denunciação caluniosa. Ela reagiu, respondendo que apresentará o material para o Ministério Público investigar. “Se um deputado federal não puder mais denunciar aquilo que recebe do povo e assim representá-lo, estamos numa ditadura”, escreveu Carla, no Twitter.
Não é a primeira vez que a parlamentar espalha fake news. Em novembro de 2015, ela gravou um vídeo em frente a uma loja da Havan em Uberaba (MG), dizendo que a filha da Dilma, Paula Rousseff, era dona do estabelecimento, cujo verdadeiro proprietário é Luciano Hang, amigo do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ela, o símbolo da Havan remetia à Cuba. No ano passado, a deputada falou sobre o episódio, explicando que caiu numa fake news.
Por Veja
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