O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Antonio Carlos Campos de Carvalho, pediu demissão do cargo que ocupava há 18 dias. Um dos poucos nomes indicados pelo ex-ministro Nelson Teich, o médico e professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro foi desligado oficialmente da pasta nesta sexta-feira (22). A exoneração publicada no Diário Oficial foi assinada pelo chefe da casa civil, general Braga Netto.
Carvalho já havia se posicionado anteriormente contrário à normatização do uso precoce da cloroquina e hidroxicloroquina em tratamento de pacientes com covid-19. Após a confirmação do protocolo, que foi assinado pela substituta da área, Vania Cristina Canuto Santos, o agora ex-secretário antecipou à Folha de S.Paulo que pediria demissão por considerar precipitada a orientação do ministério. “Não participei [da elaboração do protocolo] e nem participaria”, disse ao jornal, considerando que o medicamento pode trazer riscos e investimento desnecessário por parte do Estado.
A pressão por parte do presidente Jair Bolsonaro para ampliar a instrução pelo uso do medicamento também é apontado como estopim para a saída de Nelson Teich da gestão da pasta. “Estou exigindo a questão da cloroquina agora também. Se o Conselho Federal de Medicina decidiu que pode usar cloroquina desde os primeiros sintomas, por que o governo federal via ministro da Saúde vai dizer que é só em caso grave?”, disse Bolsonaro durante uma reunião por meio de videoconferência com empresários, um dia da saída de Teich.
Neste período, o então ministro já havia se manifestado nas redes sociais. “a cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com base em avaliação médica. O paciente deve entender os riscos e assinar o “Termo de Consentimento” antes de iniciar o uso da cloroquina”, escreveu Teich.
Horas depois do discurso de despedida de Teich, o Ministério da Saúde soltou uma nota confirmando que a pasta trabalhava no texto para protocolar o uso de medicamento de maneira precoce para tratar infectados pelo novo coronavírus, não especificando a droga. Esta semana, o documento foi entregue, normatizando a prescrição da cloroquina e hidroxicloroquina, mesmo antes da liberação dos resultados do estudo sobre eficácias e efeitos.
O texto, elaborado por parte do corpo técnico da pasta, ressalta que é competência do Ministério da Saúde acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de área, desde que respeitadas as competências estaduais e municipais, como estabelece a Constituição. Considera, ainda, “que até o momento não existem evidências científicas robustas que possibilitem a indicação de terapia farmacológica específica para a covid-19”. No entanto, justifica a escolha droga devido “a existência de diversos estudos e a larga experiência do uso”. Após a decisão, o governo federal também trabalha para ampliar a oferta do medicamento ao SUS.
Neste período, o então ministro já havia se manifestado nas redes sociais. “a cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com base em avaliação médica. O paciente deve entender os riscos e assinar o “Termo de Consentimento” antes de iniciar o uso da cloroquina”, escreveu Teich.
Horas depois do discurso de despedida de Teich, o Ministério da Saúde soltou uma nota confirmando que a pasta trabalhava no texto para protocolar o uso de medicamento de maneira precoce para tratar infectados pelo novo coronavírus, não especificando a droga. Esta semana, o documento foi entregue, normatizando a prescrição da cloroquina e hidroxicloroquina, mesmo antes da liberação dos resultados do estudo sobre eficácias e efeitos.
O texto, elaborado por parte do corpo técnico da pasta, ressalta que é competência do Ministério da Saúde acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de área, desde que respeitadas as competências estaduais e municipais, como estabelece a Constituição. Considera, ainda, “que até o momento não existem evidências científicas robustas que possibilitem a indicação de terapia farmacológica específica para a covid-19”. No entanto, justifica a escolha droga devido “a existência de diversos estudos e a larga experiência do uso”. Após a decisão, o governo federal também trabalha para ampliar a oferta do medicamento ao SUS.
Correio Braziliense
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