O deputado estadual Alberto Feitosa requereu, por meio de um pedido de informação ao Governo do Estado que tome providências e preste informações corretas às famílias mediante processos administrativos sobre as mortes causadas pelo novo Coronavírus, considerando o número de óbitos atribuídos ao COVID-19. Muitas pessoas estão sendo enterradas apenas sob suspeita da doença, sem a confirmação do falecimento causado pelo vírus. Tal situação impossibilita que famílias possam realizar o sepultamento, tirando a oportunidade de um último momento com seus entes queridos.
Segundo o parlamentar, a indicação visa compreender a formalização das mortes atestadas como causa mortis COVID-19, além de fiscalizar os atos da Administração Pública. “Precisamos estar atentos se o Governo do Estado vem respeitando os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, economicidade, razoabilidade, finalidade, motivação e atendimento do interesse público durante a pandemia do Novo Coronavírus. Além disso, nos casos possíveis, contribuir para que famílias saibam a real causa do falecimento dos seus entes queridos e, quando negativo para o COVID-19, realizarem um sepultamento que amenize a dor da perda”.
Segundo o chefe do serviço de bioética clínica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Josimário Silva, não poder velar o corpo do familiar afeta diretamente o ser humano, pois faz parte de um ritual de compreensão e aceitação da morte. “Na medida em que não se consegue ter essa relação, principalmente para nossa cultura que é mais afetiva, você traz esse processo para um luto patológico”, afirma. Ele destaca que, no caso da pandemia, há um processo de padecimento geral. “Quando você liga a televisão e vê as notícias, se depara com o sofrimento das pessoas e isso vai emocionalmente lhe desestruturando.
Para as pessoas mortas que atestaram falecimento pela doença, o deputado solicita que sejam divulgadas as seguintes informações: quantos testaram positivo para o vírus antes do óbito; quantos tiveram atestado positivo pós-morte; e quantos não passaram por teste e/ou exame de vida ou necropsia que, de fato, revelasse a exata causa do falecimento.
Por Assessoria do Deputado Alberto Feitosa/Via Blog de Ricardo Antunes
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