segunda-feira, abril 06, 2020

Paulo Afonso (BA): Empresário desabafa sobre “recuo” do secretário de Saúde: “Aumento de coronavírus está ligado às nossas lojas?”


O empresário Francisco Rodrigues, popular Chico da Rio Malhas, ex-presidente da CDL, divulgou em redes sociais, na manhã desta segunda-feira (6), um áudio explicando a polêmica envolvendo a prefeitura de Paulo Afonso, mais precisamente o secretário de Saúde Ghiarone Garibaldi.

No sábado, 4, o primeiro áudio de Chico informava que durante reunião com o secretário ficou acertado que o setor lojista seria parcialmente aberto a partir de hoje: “Ele vai nos conceder uma abertura das 12 às 18h, cada loja aberta com uma porta somente e com uma placa de estamos apenas recebendo, e atendendo até duas pessoas por vez. Todo mundo aqui ficou sabendo que a partir de segunda, 06, o comércio passa a funcionar de forma restrita, vamos dizer assim […] ainda assim é um alento, o cliente pode ir pagar seus débitos e de repente comprar algum item.” disse o lojista em áudio.

Porém, no domingo (5), a prefeitura divulgou uma nota explicando que manteve o Decreto 5.771/2020 que dispõe sobre o fechamento do comércio por mais 15 dias, apenas com outras determinações de estabelecimentos que poderão funcionar em condições restritos está em plena validade, não incluídas, portanto, as lojas.

Ainda de acordo com a nota, a prefeitura disse que “desconhece toda e qualquer outra medida divulgada ou incitada, passível de pena caso haja descumprimento por qualquer estabelecimento que estiver fora do rol do decreto.”

Hoje, além do novo áudio de Chico, ele mostrou uma imagem de um supermercado localizado no centro de Paulo Afonso com intensa aglomeração, e desabafou: “Essa imagem nos dá uma dimensão do que acontece nas filas dos bancos, no interior dos bancos, nas feiras livres, ônibus coletivos que de vez em quando estão super lotados, então a mensagem que eu deixo, a interpretação que eu tenho de tudo isso é que o aumento dos casos de coronavírus em nossa cidade está diretamente ligado a nós, às nossas lojas, então segundo o entendimento do município, se abrir o nosso comércio haverá um aumento significativo de pessoas infectadas, então se as pessoas vêm aqui no comércio de duas em duas pessoas pagar ou comprar alguma coisa , conforme era o acordo que nós tínhamos, conforme foi o motivo do meu áudio, 100% verdadeiro, 100% verdadeiro, não tinha nada de diferente do que foi conversado com o secretário da Saúde, por sinal estive ontem reunido com ele ontem pela manhã, e perguntei se ele tinha escutado meu áudio, ele disse que sim, e eu disse tinha alguma coisa no meu áudio que nós não havíamos conversado aqui, não era tudo aquilo, então perguntei a ele o motivo do recuo, segundo ele é porque houve um aumento de um dia para o outro de casos de pessoas notificadas. […] Eu entendi, compreendi, mas deixei para ele a seguinte mensagem, que o aumento dos casos de coronavírus está diretamente ligado em nós, as pessoas não pegam coronavíorus nas filas de supermercados, nas filas quilométricas de bancos, nas filas quilométricas do Restaurante Popular, nos ônibus lotados.”

Ainda na nota emitida no final de semana, a prefeitura explicou o motivo argumento que:, “em razão da ACELERAÇÃO DESCONTROLADA do COVID-19 no país”, as medidas anteriores estão mantidas.

Por Portal PA4.COM.BR

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