Lindemar José da Silva tem 59 anos. Há 12, ele trabalha como catador de materiais recicláveis nas ruas da cidade de Petrolândia, no Sertão de Pernambuco. A chegada do novo Coronavírus (COVID-19) ao Brasil assustou o trabalhador, que mora na Quadra 09 da cidade, mas ele é categórico ao dizer que precisa trabalhar para sobreviver. “Precisamos nos proteger, mas o governo também precisa fazer mais pelo povo, ajudar nós catadores e a todos. Não é só dar a ordem, e dizer "faça isso, faça aquilo, fique em casa", e como a gente faz para comprar os alimentos, o essencial? Quem é que vai pagar a conta?'', desabafa seu Lindemar.
Ele acrescenta ainda que o seu dinheiro está acabando. ''O dinheiro está acabando, só dá para uma semana, no máximo para 15 dias, e eu gostaria de saber se os políticos estão passando pelas mesmas dificuldades que a gente está passando'', questiona.
Seu Lindemar diz que fica chateado quando alguém diz que ele "junta bagulho" e não cita que é catador de reciclável.
"Na verdade o que eu junto não é bagulho, como algumas pessoas dizem. O que eu junto é material reciclável'', frisa ele, lembrando que antes das medidas para evitar a disseminação do COVID-19 no município, coletava duas carroças de recicláveis por dia, e agora coleta apenas uma, às custas de muito sacrifício.
Antenado com as notícias, Lindemar ainda conversou com nossa reportagem sobre algumas questões atuais do Brasil e do mundo.
Confira no vídeo abaixo.
Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos/vídeo: Assis Ramalho/BlogAR
Conheço este senhor.
ResponderExcluirEle tem um prédio grande na quadra 09, porque não aluga e vai se aquetar.