Petrolândia: Baixa de arrecadação, popularidade e aliados são desafios ao governo na eleição deste ano

Atualizada às 11h45min - 04/02/2020

Queda na arrecadação dos cofres públicos, fornecedores e prestadores de serviços insatisfeitos com atrasos de pagamento, gastos com servidores em valores acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, baixo desempenho em pesquisas de popularidade, perda de aliados. O cenário enfrentado pela prefeita de Petrolândia, Janielma Souza (PSB), já englobava vários desses desafios, que se tornam ainda maiores em 2020, com o pleito eleitoral para prefeito e vereadores.

Apesar do otimismo demonstrado com a chegada de recursos extras, oriundos de leilão do Pré-Sal, a expectativa é de 2020 ser um ano tão ou mais difícil para a gestão municipal do que 2019. Além de reduzidas pela queda na produção de energia pela Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga, as receitas previstas para setembro e outubro do ano passado não foram atingidas e a prefeitura está sob Alerta do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco-TCE. O Município deve evitar novos gastos e  adotar medidas para ajustar as despesas à arrecadação. O orçamento das secretarias será ainda mais enxuto. 

Em outra frente, mal começou o ano eleitoral, e a base de apoio à prefeita parece ter encolhido mais um pouco na Câmara Municipal, com a declarada insatisfação do vereador Toinho de Eugênio com a atuação da gestora. Ambos do Solidariedade-SD, Toinho de Eugênio e Sílvio Rogério, respectivamente, criticar e defender a prefeita Jane, em pronunciamentos na Câmara. Basta isso para demonstrar que a base aliada está fraturada.

Ex-secretária de Saúde e ex-Primeira Dama, Jane tomou posse no cargo em agosto de 2017, após a renúncia do prefeito Ricardo Rodolfo (PR). Primeira mulher a comandar o Executivo Municipal, ela foi eleita no cargo de vice-prefeita em 2012 e 2016. Este ano, mais do que a tradicional curiosidade pelo nome do candidato a vice, a principal dúvida é se a prefeita vai  usar o direito de concorrer a reeleição ou irá abrir mão e apoiar outro nome para sucedê-la. Seja qual for a decisão, as eleições batem à porta, por isso é improvável que a prefeitura venha a tomar medidas impopulares, como demitir contratados, para reequilibrar as finanças.

Redação do Blog de Assis Ramalho