quarta-feira, fevereiro 12, 2020

Mulher de miliciano Adriano avisou sobre cerco policial

Adriano da Nóbrega, armado, ao lado da namorada Júlia Mello Foto: Reprodução
Júlia Emília Mello Lotufo, mulher do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, o avisou sobre o cerco policial montado no último fim de semana em torno de sua captura. Ela também estava sendo monitorada pela equipe que tentava prender Nóbrega. Depois de ser parada, revistada e liberada por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), na altura de Vitória da Conquista, na Bahia, ela ligou para Nóbrega para falar sobre a mobilização das autoridades.

A conversa com a namorada justificaria a tensão do miliciano na véspera de sua morte, narrada em depoimento prestado na Delegacia de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) por Leandro Abreu Guimarães, dono da fazenda onde o ex-capitão do Bope ficou escondido.

Conforme revelou O GLOBO, o rapaz disse que Adriano estava nervoso: "Na data de ontem (8 de fevereiro) o interrogado viu Adriano teclando no aparelho celular e mostrava-se bastante nervoso". O fazendeiro perguntou o que estava acontecendo e o ex-capitão do Bope, então, o ameaçou exigindo ser levado para um sítio.

Para os policiais, o alerta da namorada teria influenciado na decisão de mudar de esconderijo nas horas seguintes. Ele acabou localizado em uma fazenda, também situada em Esplanada, e foi morto na madrugada de domingo (9) por agentes do Bope da Polícia Militar da Bahia.

Júlia deixou o sítio no município de Esplanada, na Bahia, para voltar ao Rio de Janeiro, na tarde de sexta-feira (7). Por volta de 21h, a picape Hillux branca que dirigia foi interceptada pela PRF a cerca de 600 quilômetros de distância de onde a família estava hospedada. A placa do carro, onde estavam também as duas filhas da moça, de 7 e 17 anos, foi identificada através do sistema de monitoramento do órgão.

G1 - Época

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