De acordo com a polícia, a mulher de 22 anos assassinada com um tiro dentro de casa, na frente do filho, de 1 ano de idade, vivia aprisionada pelo companheiro, principal suspeito do feminicídio na Madalena, na Zona Oeste do Recife, no domingo (9). Raphael Cordeiro Lopes instalou câmeras no imóvel para vigiar os passos de Leandra Gennifer da Silva, segundo o delegado que investiga o caso.
"Eles tinham dois tipos de comportamento. Um comportamento público, que era de que viviam bem, em festas [...] na mais perfeita harmonia. Só que, internamente, ele vivia aprisionando a mulher, ela vivia coagida, ela não tinha direito a nada. Tinha duas câmeras na casa para vigiar todos os movimentos dela, era um comportamento obsessivo", afirmou o delegado Sylvio Romero.
O feminicídio ocorreu após o casal ter uma discussão em uma prévia carnavalesca no Recife. "Segundo testemunhas que presenciaram o fato, ele teria consumido cocaína e isso desencadeou toda a discussão, pois ela não aceitava e tinha combinado com ele que ele deixaria de usar drogas. Ela disse a ele claramente que acabou e saiu do local da festa sozinha”, contou o delegado.
Em seguida, Leandra foi até a casa da babá pegar o filho e comentou com ela que iria sair de casa para ir para onde a mãe mora.
“Depois, ela mudou de ideia e pediu para que a babá a acompanhasse até a sua casa, onde ela pegaria alguns pertences da criança para não sair e ter que voltar depois. [...] A babá achou que estava tudo normal e retornou para a sua casa. Momentos depois, o marido chegou na casa da babá todo sujo de sangue, com a criança no braço, dizendo que tinha feito uma besteira, mas na verdade cometeu um crime gravíssimo, matou a mãe do seu filho, que estava com o filho no braço", disse.
A casa onde ocorreu o assassinato fica na Rua Visconde do Uruguai, onde a polícia encontrou sangue pela sala e o espelho quebrado, além de dois notebooks e três celulares. No quarto, foi apreendido um revólver calibre 38. Após o crime, Raphael, que tem 32 anos e é ex-presidiário, comentou com a babá que o tiro teria sido acidental, deixou o filho na casa da mãe e fugiu.
"Nós fomos até o local do crime e a perícia conseguiu a apreensão da arma, com seis munições e duas deflagradas. Uma dessas certamente foi a que atingiu a vítima e a outra estava alojada na porta. Então, a tese dele de que teria sido um acidente não se sustenta porque ninguém acidentalmente deflagra duas vezes a arma contra uma pessoa. Ele usou a arma, segundo confessou a uma testemunha, para intimidar. Mas, na verdade, nós sabemos que ele utilizou a arma para ceifar a vida da esposa, que estava querendo sair da relação matrimonial", contou.
Após ser baleada, Leandra foi levada por um vizinho para o Hospital Getúlio Vargas, no Cordeiro, também na Zona Oeste do Recife, mas chegou sem vida à unidade de saúde. O corpo dela foi enterrado no Cemitério da Várzea, por volta das 12h desta segunda-feira (10). Até a última atualização desta matéria, Raphael não havia sido preso.
TV Globo
"Eles tinham dois tipos de comportamento. Um comportamento público, que era de que viviam bem, em festas [...] na mais perfeita harmonia. Só que, internamente, ele vivia aprisionando a mulher, ela vivia coagida, ela não tinha direito a nada. Tinha duas câmeras na casa para vigiar todos os movimentos dela, era um comportamento obsessivo", afirmou o delegado Sylvio Romero.
O feminicídio ocorreu após o casal ter uma discussão em uma prévia carnavalesca no Recife. "Segundo testemunhas que presenciaram o fato, ele teria consumido cocaína e isso desencadeou toda a discussão, pois ela não aceitava e tinha combinado com ele que ele deixaria de usar drogas. Ela disse a ele claramente que acabou e saiu do local da festa sozinha”, contou o delegado.
Em seguida, Leandra foi até a casa da babá pegar o filho e comentou com ela que iria sair de casa para ir para onde a mãe mora.
“Depois, ela mudou de ideia e pediu para que a babá a acompanhasse até a sua casa, onde ela pegaria alguns pertences da criança para não sair e ter que voltar depois. [...] A babá achou que estava tudo normal e retornou para a sua casa. Momentos depois, o marido chegou na casa da babá todo sujo de sangue, com a criança no braço, dizendo que tinha feito uma besteira, mas na verdade cometeu um crime gravíssimo, matou a mãe do seu filho, que estava com o filho no braço", disse.
A casa onde ocorreu o assassinato fica na Rua Visconde do Uruguai, onde a polícia encontrou sangue pela sala e o espelho quebrado, além de dois notebooks e três celulares. No quarto, foi apreendido um revólver calibre 38. Após o crime, Raphael, que tem 32 anos e é ex-presidiário, comentou com a babá que o tiro teria sido acidental, deixou o filho na casa da mãe e fugiu.
"Nós fomos até o local do crime e a perícia conseguiu a apreensão da arma, com seis munições e duas deflagradas. Uma dessas certamente foi a que atingiu a vítima e a outra estava alojada na porta. Então, a tese dele de que teria sido um acidente não se sustenta porque ninguém acidentalmente deflagra duas vezes a arma contra uma pessoa. Ele usou a arma, segundo confessou a uma testemunha, para intimidar. Mas, na verdade, nós sabemos que ele utilizou a arma para ceifar a vida da esposa, que estava querendo sair da relação matrimonial", contou.
Após ser baleada, Leandra foi levada por um vizinho para o Hospital Getúlio Vargas, no Cordeiro, também na Zona Oeste do Recife, mas chegou sem vida à unidade de saúde. O corpo dela foi enterrado no Cemitério da Várzea, por volta das 12h desta segunda-feira (10). Até a última atualização desta matéria, Raphael não havia sido preso.
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