domingo, janeiro 19, 2020

Tacaratu: ''Se muitos não se "vendessem", quase todos os votos seriam para mim'' diz pré-candidato a vereador Célio do Gás, em entrevista ao vivo na Web Rádio Petrolândia

""Vamos trabalhar para a gente ser eleito, com fé em Deus, e a ajuda do povo, eu espero uma média de 600 a 700 votos'', afirmou Célio do Gás. em entrevista a Assis Ramalho na Web Rádio Petrolândia


''Entendo que a prefeitura é uma casa do povo, não uma empresa privada, hoje nós pagamos a taxa de iluminação mais cara do país, e nessa parte o governo vem pecando. Os vereadores vão lá, sentam em uma sala trancada com o prefeito, e oito vereadores aprovam uma lei que vem prejudicando o povo da cidade''.

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''A gente está vendo com o grupo como é que vai ficar, mas não tem nada certo. Eu tenho um sonho, Tacaratu sonha com Dadau, que foi um bom prefeito, fez muito pela nossa terra.

Célio Correia dos Santos, mais conhecido por Célio do Gás, pré-candidato a vereador no município de Tacaratu, foi entrevistado ao vivo pelo radialista e blogueiro Assis Ramalho, no 'Acordando com as Notícias', programa transmitido pela Web Rádio Petrolândia, com a participação de ouvintes, através de mensagens de Whatsapp (o vídeo da entrevista está disponibilizado abaixo desta reportagem).

Na entrevista, entre outros temas, o pré-candidato a uma das 11 vagas no legislativo de Tacaratu avaliou o que espera para as eleições de 2020, e analisou a situação política em sua cidade. Nascido na zona rural e amante da vaquejada e pega de boi, ele também antecipou o propósito de trabalho, caso consiga ser eleito.

Na conversa, Célio criticou a gestão do atual prefeito José Gerson e a atuação dos 11 vereadores tacaratuenses.

''Entendo que a prefeitura é uma casa do povo, não uma empresa privada, uma empresa 'minha'. Eu vou dar um exemplo: Hoje, em Tacaratu, nós pagamos a taxa de iluminação mais cara do país, e nessa parte o governo vem pecando. Os vereadores vão lá, sentam em uma sala trancada com o prefeito, e oito vereadores aprovam uma lei que vem prejudicando o povo da cidade'', apontou Célio, ao mesmo tempo em que reconhece que a cobrança é legal, mas o valor cobrado não é justo. ''Antes da gestão atual, a gente pagava 5 reais, 3 reais, era uma ajuda para o município. Antes, a prefeitura arrecadava R$ 140 a 150 mil. Hoje, a prefeitura está arrecadando, por casa, nada menos do que 50 reais. Imagine o quanto está indo para os cofres, hoje. E a gente sempre vem pedindo, na justiça, que explique ao povo o que é que está sendo feito com esse dinheiro'', diz Célio.

Célio afirma que fez uma proposta aos vereadores para a realização de uma audiência pública para explicação da cobrança ''exagerada'' de taxas da prefeitura, inclusive as taxas dos comerciantes da feira livre.

''Antes, uma banca que pagava 3 reais, hoje está pagando 15 reais. Quem pagava 7 reais, agora está pagando 30 reais. São coisas que eu posso provar, não estou aqui para difamar ninguém'', diz Célio, que vai tentar pela segunda vez conquistar uma das cadeiras do legislativo do município. Em 2016 ele foi candidato e recebeu 179 votos.

Em resposta à pergunta de um ouvinte, que o interrogou se ao ser eleito ele não iria cair na mesmice dos demais vereadores, ele disse: ''Foi uma boa pergunta. O que acontece é que, hoje, se eu pudesse escolher quem iria legislar comigo (caso ganhe), eu escolheria no dedo ''você, você, vocês. Porque é importante que na política tenha pessoas que não sejam muito ambiciosas, pessoas que chegassem como vereador e dissesse 'rapaz, esses projetos vão beneficiar o povo de Tacaratu, o nosso povo. Não pensar na propina que vai cair do executivo para se beneficiar, e (deixar) o nosso povo sofrer', disse o empresário do gás, que ainda acrescentou que se fosse para ele escolher os próximos 11 vereadores, não escolheria nenhum dos que estão na Câmara atual. ''Não escolheria não. Não escolheria nenhum'', enfatizou.

Em resposta a outra pergunta de ouvinte, que quis saber quais seriam suas primeiras ações, caso se elegesse, ele disse que iria lutar por tudo que fosse bom para o povo e que é preciso valorizar a cultura do município.
''É preciso juntar (o legislativo) com o executivo para fazer algo para beneficiar a cultura do município. O homem do campo, hoje, na nossa Tacaratu, ele não tem representante. Às vezes, tem uns que dizem 'eu sou o homem da cultura, mas a gente não vê nada ser feito''', frisou, lembrando que também é preciso maior apoio ao esporte.

Em outra parte da entrevista, Célio afirmou que está confiante na vitória, que espera obter nas urnas entre 600 e 700 votos, e disse que, se muitos não se "vendessem", quase todos os votos seriam para ele, pelo fato de ele ser uma pessoa voltada para debater os problemas do município.

''Estou confiante, Assis, eu acho que se não fosse a questão do povo, de muita gente se 'vender', eu acho que os votos de Tacaratu seriam quase todos para mim. Mas, vamos trabalhar para a gente ser eleito, com fé em Deus, e a ajuda do povo, eu espero uma média de 600 a 700 votos'', afirmou.

Perguntado se já teria acordo com algum pré-candidato a prefeito, Célio disse que, caso o ex-prefeito Dadau entre na disputa, as chances de apoio à sua candidatura seria de 99%, mas não descartou apoio a uma outra chapa, inclusive do grupo do governo.

''Na verdade, a gente está vendo com o grupo como é que vai ficar, mas não tem nada certo. Eu tenho um sonho, Tacaratu sonha com Dadau, que foi um bom prefeito, fez muito pela nossa terra. Isso que eu estou falando não é porque eu o acompanhei nas outras eleições, mas pelo que a gente viu em Tacaratu na gestão de Cleber e Dadau. Foram fenomenais. Tudo que faltava em Tacaratu, uma simples coisa, como a água do rio, foi conquistada, foram conquistadas pelos governos desses homens. Asfalto de Petrolândia a Inajá, foi conquistado por Cleber e Tacaratu hoje sonha com Dadau. Caso Dadau entre, as chances de apoio é de 99%. Vou deixar esse outro 1%, por conta de dizerem que político não tem palavras e é por isso que eu vou deixar essa brecha, para não dizer que 'dessa água eu não beberei', para não dizer 'eu não acompanho fulano e depois vem uma situação em que, às vezes, precisa acompanhar. Então, tem sempre essa brecha, e por isso eu deixo esse 1%", esclareceu.

Sobre as chances de apoiar um candidato do grupo do atual governo, Célio disse: ''Eu poderia dizer que não tem chances de jeito nenhum, mas, como a gente está na política que a gente vê 'eu sou isso, eu sou aquilo', mas muitos, quando chegam na hora do vamos ver, em quem você confiou no candidato, em que você está esperando, chega (ele) e bota um cara lá que não tem nada a ver. E aí, a gente tem que conversar. Hoje, eu dependo do meu grupo, para isso eu vou chamar Tinho, Zé Bonga, chamar uma equipe que está comigo e dizer: 'Olha, o que está acontecendo é isso. E aí, vocês aceitam?''. Então, eu não decido nada só. Esse 1% é dos meus amigos companheiros para decidir comigo, porque eu não decido nada sozinho. Eu sou pré-candidato e tenho um grupo. Eu boto as cartas na mesa e eles vão decidir como é que vão jogar'', disse Célio.

Outros temas relevante a política do município de Tacaratu foram abordados e, no final da entrevista, Célio deixou sua mensagem de otimismo ao povo tacaratuense.

Veja abaixo íntegra da entrevista, em dois vídeos.



Da Redação do Blog de Assis Ramalho

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