A safra agrícola brasileira bateu recorde em 2019 e alcançou 241,5 milhões de toneladas, um crescimento de 6,6% na comparação com 2018, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (8).
Segundo o IBGE, o recorde anterior foi em 2017, quando foram produzidas 238,4 milhões de toneladas.
A estimativa da área colhida para 2019 foi de 63,2 milhões de hectares, apresentando crescimento de 3,7% frente à área colhida em 2018, (+ 2,3 milhões de hectares). O arroz, o milho e a soja representaram 92,8% da estimativa da produção e responderam por 87,0% da área colhida.
Em relação a 2018, houve acréscimo de 7,0% na área do milho, de 2,6% na área da soja e de 41,9% para a área do algodão herbáceo e redução de 9,3% na área de arroz.
Quanto à produção, ocorreram quedas de 3,7% para a soja e de 12,6% para o arroz e acréscimos de 23,6% para o milho e de 39,8% para o algodão herbáceo.
Regionalmente, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição:
Centro-Oeste, 111,5 milhões de toneladas (46,2%);
Sul, 77,2 milhões de toneladas (32,0%);
Sudeste, 23,7 milhões de toneladas (9,8%);
Nordeste, 19,2 milhões de toneladas (7,9%)
Norte, 9,8 milhões de toneladas (4,1%).
Todas as regiões, apresentaram aumento na produção, de acordo com instituto.
Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,0%, seguido pelo Paraná (14,9%), Rio Grande do Sul (14,3%), Goiás (10,0%), Mato Grosso do Sul (7,9%) e Minas Gerais (6,0%), que, somados, representaram 81,1% do total nacional.
O IBGE leva em conta o que foi produzido durante os 12 meses do ano. Diferentemente da Companhia Nacional de Abastecimento, que considera o calendário de safra, que começa em julho e termina junho do ano seguinte.
Previsão é de novo recorde em 2020
Para a safra 2020, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas aponta para um novo recorde, de 243,2 milhões de toneladas, 0,7% acima da safra de 2019.
As estimativas iniciais apontam uma redução de 7,2% na produção do milho e um crescimento de 7,8% na produção da soja.
Levando em conta os cinco produtos de maior importância para a próxima safra, apenas o milho 2ª safra apresentou estimativa de produção menor que em 2019, de 10,4%.
Apresentam variação positiva o algodão herbáceo (2,7%), o feijão 1ª safra (3,3%), o arroz (0,9%), o milho 1ª safra (1,8%) e a soja (7,8%).
As estimativas das produções de soja (122,4 milhões de toneladas) e algodão (7,1 milhões de toneladas) são recordes da série histórica do IBGE.
Por G1
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