Na última quarta-feira (22/01), a professora Adriana Gomes de Araújo, que disputou a prefeitura de Petrolândia em 2016, em chapa isolada do Partido dos Trabalhadores, quebrou o silêncio e declarou os motivos que a levaram a trocar o PT pelo PSOL. A confissão aconteceu em entrevista ao radialista e blogueiro Assis Ramalho, no programa Acordando com as Notícias, transmitido pela Web Rádio Petrolândia.
A entrevista também contou com a presença do presidente estadual do PSOL, Severino Alves, e das deputadas do mandato coletivo JUNTAS, Joelma e Jô Cavalcante, que visitaram a cidade para reunião realizada na noite anterior, na sede do salão paroquial de Petrolândia. Na reunião foi discutida a conjuntura nacional, a organização do partido e o panorama das eleições municipais (Clique aqui para ver a matéria).
"O grupo do PSOL Petrolândia é formado por segmentos da sociedade. Segmentos de trabalhadores: autônomos, funcionários públicos (professores e outras categorias), pequenos agricultores, bancários, desempregados, pescadores artesanais da Colônia Z-13. E pela primeira vez a Associação de Pescadores tomou a decisão de ter um deles na disputa na câmara. Por enquanto, o nome mais cotado é o de Cristiano (presidente da colônia). Os pescadores ainda estão discutindo sobre a escolha final de qual deles será o candidato".
''Ainda é cedo pra uma posição dessa. Pois até início de abril há a possibilidade de mudanças em partidos. Prefiro dizer com quem o PSOL de Petrolândia não estaria nessa eleição. E não é somente um grupo. Mas prefiro, por enquanto, citar o atual governo. A "situação", como se costuma dizer. O atual governo é consequência de hereditariedade. O grupo reassumiu em 1996, já havia governado antes. Portanto, só nesse período, já se vão 23 anos de "monarquia familiar". E a nossa oposição é por conta disso. É um grupo que governa pra determinados grupos familiares. O município em si não recebe a devida atenção. Não há o mínimo interesse de fazer de Petrolândia um lugar de desenvolvimento social, político e econômico. Porque é preferível que a maioria continue dependente dos empregos da prefeitura. Assim, no tempo certo, pode-se "cobrar a esmola", o "favor prestado". Petrolândia é por natureza um lugar e um povo de muita grandeza. Chega de dependência, queremos vida.
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