Um ataque do exército norte-americano a um aeroporto de Bagdá, capital do Iraque, na madrugada desta sexta-feira, matou um dos principais generais do Irã e o líder de uma milícia local pró-Teerã. O general Qassem Soleimani liderava há mais de 20 anos a força Quds, braço de
elite da Guarda Revolucionária do Irã responsável por conduzir operações militares secretas no exterior. O governo dos Estados Unidos confirmou que a ação militar tinha como objetivo a morte do general iraniano e foi autorizada diretamente pelo presidente Donald Trump. Também morreram Abu Mahdi al-Muhandis, chefe da milícia iraquiana Forças de Mobilização Popular (que tem apoio do Irã), e o porta-voz de grupo, Mohammed Ridha Jabri, além de ao menos outras duas pessoas ainda não identificadas. Outras pessoas também ficaram feridas na ação.
O comboio onde eles estavam foi atingido por mísseis, de acordo com o jornal The New York Times. A ação deve aumentar a tensão na região, que nos últimos dias viveu uma série de conflitos indiretos entre Teerã e Washington.
No último dia 24, um funcionário terceirizado do Exército americano foi morto após um ataque contra uma base americana próxima a Kirkuk.
Washington culpou as milícias apoiadas pelo Irã pela ação e no domingo (29) realizou um ataque aéreo em áreas controladas por essas facções no Iraque e na vizinha Síria. A ação gerou revolta contra o país no Iraque e levou manifestantes e milícias a atacarem a embaixada dos EUA em Bagdá na terça (31) -o cerco terminou no dia seguinte.
Em uma rede social, o presidente Donald Trump acusou o Irã de orquestrar a invasão e disse que o país seria responsabilizado. "O Irã matou um segurança privado [terceirizado] americano e feriu outras pessoas. Respondemos com vigor e sempre iremos responder", disse, em referência
à ação do último domingo.
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