Em desabafo que postei, há pouco, o secretário de Turismo, Rodrigo Novaes, que não bebe da mesma fonte cristalina das águas de André de Paula, líder do PSD na Câmara dos Deputados, mesmo partido dele, recorre ao lugar comum dos políticos quando contrariados com uma notícia: diz que minha pena sai do campo jornalístico para o pessoal nas minhas postagens e na coluna da Folha de Pernambuco.
Ele não gostou quando informei, ontem, que Paulo Câmara esteve com André para uma visita no universo da ternura e do afeto, derivando para revelações, do próprio governador, de que a ação de Rodrigo na pasta estava se transformando num enfardo.
E olha que não contei tudo. Eu sei, por exemplo, que não existe uma só alma viva na base do Governo na Assembleia Legislativa que bata palmas para o secretário. Pelo contrário, destilam ódio. Dizem que ele só trabalha de olho num mandato federal, em 2022.
E que para alcançar o poder em Brasília o céu é o limite. Entra nas bases dos aliados governistas feito um trator, oferecendo até o manjar dos deuses.
Rodrigo chega a ser ridículo, se não fosse cômico, quando se reporta às minhas origens, iguais a dele, no Sertão, dando a entender que minha ex-mulher, a atuante vereadora do Recife, Aline Mariano, por ser filha de um ex-amigo dele, o ex-deputado Antônio Mariano, se pautava pela lealdade, enquanto eu seria desleal.
O secretário não sabe onde a banda toca. Quem se atreve a entrar na vida pública vive no sereno, propenso a sofrer críticas e bombardeios quando erra. A menos que, desavisados como ele, queiram unanimidade. Mas toda unanimidade é burra, já dizia Nelson Rodrigues
Blog do Magno Martins
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