domingo, dezembro 08, 2019

Paulo Afonso (BA): Em dia de protesto contra mortes de mãe e bebê, advogado vai ao Hospital Nair em busca do prontuário médico





Na ensolarada manhã deste sábado, dia 7 de dezembro, familiares, amigos e populares foram às ruas de Paulo Afonso para protestar contra as mortes de Edilane Rocha da Silva, 28 anos e seu bebê ocorridas durante trabalho de parto na última segunda-feira, dia 2.

Erguendo faixas e cartazes com pedidos de justiça, a mãe, dona Edilene Rocha, o pai, filhos, irmãos e outras dezenas de pessoas puxadas por um carro de som saíram em passeata até a frente do Hospital Nair Alves de Souza, local onde ocorreu o parto de Lane, como também era chamada a vítima. Lá os manifestantes rezaram a Oração do Pai Nosso.

Políticos também participaram dos protestos entre eles, Roosevelt Carvalho e Capitão Paes do PSL e os vereadores Moreirão e Mário Galinho.

Galinho comentou sua participação em suas redes sociais: Participei da manifestação por JUSTIÇA no caso da jovem Edilania e seu bebê. Uma manifestação de dor, pacífica, onde prevaleceu o clamor dos familiares e o silêncio de políticos e autoridades. A caminhada saiu da Praça das Mangueiras e se dirigiu até o HNAS, local onde mãe e filho vieram a óbito na última segunda-feira. Além de ser um representante dos anseios do povo, eu acompanhei de perto todo esse sofrimento e me solidarizei com a dor desta família. Iremos buscar as respostas para essa tragédia, para que outras famílias não passem por essa dor.”

Ainda durante a manifestação, a família de Lane foi com o advogado Rômulo Lisboa até a recepção do Hospital Nair em busca do Prontuário Médico que discrimina a cronologia dos atendimentos oferecidos a paciente gestante, porém o documento não foi entregue.

O advogado reuniu a imprensa e estranhou a postura do hospital declarando que nada justificava a negativa:
“Viemos até aqui no hospital em sinal de protesto de forma ordeira para mais uma vez solicitar a entrega do prontuário médico. Até o momento, a Chesf Hospital Nair Alves de Souza simplesmente se nega a fornecer a família o prontuário médico. Nos parece é que a Chesf pretende maquiar esse prontuário e escrevê-lo à sua conveniência de forma tal que retrate aquilo que atinja os seus interesses. Não há qualquer razão para seja fatída ou jurícia para essa demora na entrega do prontuário a família.”

Rômulo Lisboa disse ainda que ocaso já foi levado à Delegacia de Polícia: “Nós já comunicamos a Polícia Civil e em breve iremos ingressar com ação indenizatória por danos materiais e morais em favor da família para que esse dano seja ao menos recompensado. De uma só vez essa mãe perdeu sua filha e seu neto.”

Por PA4.COM.BR

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