Em 10 anos de fiscalizações em feiras de produtos orgânicos, as culturas com mais resultados insatisfatórios (com presença de agrotóxicos) são pimentão, tomate, abacaxi e alface
No dia 05 deste mês, a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) esteve presente no seminário Alimento orgânico: qualidade, rastreabilidade e produção, com o objetivo de capacitar os participantes para a segurança dos alimentos orgânicos. O evento contou com a participação de órgãos públicos, iniciativa privada, universidades, setor produtivo, setor de consumo e pesquisadores da área.
No evento, realizado pelo Ministério Público de Pernambuco-MPPE, a Adagro apresentou o resultado do monitoramento de resíduos de agrotóxicos em produtos orgânicos. O fiscal agropecuário, Jurandir Barbosa fez uma explanação sobre o trabalho desenvolvido pela agência que desde 2009 monitora as feiras orgânicas da Região Metropolitana do Recife. A ação tem como objetivo principal garantir maior segurança aos consumidores na compra desses alimentos. O trabalho pioneiro entre os estados da federação traz bons resultados e deixa a população satisfeita.
Em 10 anos, a Adagro já fiscalizou 70 feiras de orgânicos e analisou 534 amostras, destas 11% tiveram resultado insatisfatório. Atualmente o programa coleta 111 amostras por ano e investe mais de $55.000,00 apenas no custo das análises laboratoriais, que são realizadas pelo Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep).
As culturas que mais tiveram resultados insatisfatórios foram o pimentão com 28,57%, o tomate com 23,80% e o abacaxi e o alface com 4,76% cada. Atualmente Pernambuco tem cadastrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) 1.048 produtores orgânicos que estão autorizados a vender seus produtos diretamente ao consumidor final.
A fiscalização nas feiras orgânicas ocorre de maneira rotineira e para apuração de denúncias, que são comunicadas aos fiscais ou por meio da ouvidoria da instituição. Em ambos os casos a coleta é realizada e enviada para análise o Itep. Os resultados podem ser satisfatórios, ou seja, o produto é orgânico ou insatisfatório, quando possui agrotóxico. Quando o resultado é insatisfatório é realizada a rastreabilidade do produtor, que depois de identificado recebe as orientações necessárias e um auto de infração, que será emitido de acordo com a gravidade ou a reincidência do fato. A Adagro também informa o resultado de todas as amostras ao organizador da feira, ao Ministério da Agricultura e ao Fórum de agrotóxicos para que cada um tome as medidas que forem necessárias no âmbito de sua atuação.
Também palestraram no evento Davi Fantuzzi, coordenador da Cporg-PE, o professor da UFRPE, Éder Leão e o auditor fiscal federal, Vladimir Guimarães.
As informações são da Adagro-PE
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