Operação do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) prendeu 19 vereadores de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, na manhã desta segunda-feira (16). Outros dois ainda eram procurados pela polícia no início da tarde.
A ação do MP apura desvio de verbas de gabinete e também incluiu mandados para prender outras 20 pessoas, entre funcionários e assessores da Câmara Municipal e donos de gráficas .
A Câmara de Uberlândia tem 27 cadeiras. Dos 27 vereadores eleitos nas eleições de 2016, somente 5 não foram alvos da operação desta segunda, além de outros 3 suplentes empossados recentemente no lugar de parlamentares que já afastados.
Entre os investigados estão o presidente da Câmara, Hélio Ferraz, o Baiano (PSDB), que foi preso. Também estão na lista dos vereadores alvos de mandado de prisão os vereadores afastados Juliano Modesto (SD) e Alexandre Nogueira (PSD) — o primeiro já estava preso, e o segundo cumpria prisão domiciliar e foi levado para a delegacia.
Para os três, o mandado é de prisão preventiva. Para todos os demais, prisão temporária. (confira nomes abaixo).
Até por volta de 10h45, 18 vereadores já estavam presos e dois ainda não haviam sido localizados — o nome deles não foi divulgado. Das outras 20 pessoas alvos dos mandados, 15 já estavam presas às 10h45. Foram expedidos, ainda, 42 mandados de busca e apreensão, inclusive na Câmara.
A ação do MP apura desvio de verbas de gabinete e também incluiu mandados para prender outras 20 pessoas, entre funcionários e assessores da Câmara Municipal e donos de gráficas .
A Câmara de Uberlândia tem 27 cadeiras. Dos 27 vereadores eleitos nas eleições de 2016, somente 5 não foram alvos da operação desta segunda, além de outros 3 suplentes empossados recentemente no lugar de parlamentares que já afastados.
Entre os investigados estão o presidente da Câmara, Hélio Ferraz, o Baiano (PSDB), que foi preso. Também estão na lista dos vereadores alvos de mandado de prisão os vereadores afastados Juliano Modesto (SD) e Alexandre Nogueira (PSD) — o primeiro já estava preso, e o segundo cumpria prisão domiciliar e foi levado para a delegacia.
Para os três, o mandado é de prisão preventiva. Para todos os demais, prisão temporária. (confira nomes abaixo).
Até por volta de 10h45, 18 vereadores já estavam presos e dois ainda não haviam sido localizados — o nome deles não foi divulgado. Das outras 20 pessoas alvos dos mandados, 15 já estavam presas às 10h45. Foram expedidos, ainda, 42 mandados de busca e apreensão, inclusive na Câmara.
O G1 tenta contato com a defesa dos envolvidos.
Uso de notas fiscais frias de gráficas
O grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-MG, responsável pela ação, informou que a operação investiga desvio de recursos da verba indenizatória de gabinete da Casa, por meio de uso de notas fiscais frias de gráficas.
"Tivemos nesses últimos três anos 17,5 milhões de informativos impressos por esses vereadores, que corresponde a 35 informativos por eleitor. Obviamente esse número é irreal, se fizer pesquisa percebemos que muitas pessoas nas ruas não receberam informativos", disse o promotor de Justiça Daniel Marotta Martinez.
Ainda segundo o promotor, durante a operação “O Poderoso Chefão”, o dono de uma gráfica afirmou ter uma empresa de fachada utilizada para desvio de verbas indenizatórias. Com base nestas informações, o Gaeco começou a verificar quais outras gráficas eram utilizadas pelos parlamentares já presos.
“De janeiro de 2017 a dezembro de 2019 os vereadores gastaram mais de R$ 4 milhões em serviços de impressões. Constatamos que essas gráficas não tinham capacidade de prestar esse tipo de serviço que estão nas notas. Não se compravam insumos usados. Algumas funcionam, sim, regularmente, mas não compravam material suficiente dos descritos nas notas fiscais. As notas são rigorosamente do mesmo valor para vereadores diferentes", explicou.
Veja o nome dos vereadores investigados nesta operação
Alexandre Nogueira (PSD) - AFASTADO
Ceará (PSC)
Doca Mastroiano (PL)
Dra. Flavia Carvalho (PDT)
Dra. Jussara (PSB)
Felipe Felps (PSB)
Hélio Ferraz, Baiano (PSDB) - Presidente da Câmara
Isac Cruz (Republicanos)
Juliano Modesto (SD) - AFASTADO
Marcio Nobre (PSD)
Pâmela Volp (PP)
Paulo César PC (SD)
Ricardo Santos (PP)
Rodi (PL)
Roger Dantas (Patriota)
Ronaldo Alves (PSC)
Silésio Miranda (PT)
Vico (Sem Partido)
Vilmar Resende (PSB)
Wender Marques (PSB)
O que dizem os citados
A vereadora Dra. Jussara informou por meio da assessoria que está apresentando toda documentação solicitada. Dessa forma, vai esclarecer tudo o mais rápido possível. Disse também que sempre trabalhou com total lisura, ética e compromisso com a verdade e a honestidade.
A advogada do vereador Ricardo Santos disse que vai prestar todos os esclarecimentos e a defesa de Hélio Ferraz, o Baiano, informou que ainda está tomando ciência do caso.
O advogado de Rodi falou para a TV Integração que ainda não teve acesso ao procedimento do MP, que a prisão é preventiva e vai manifestar após ter acesso aos documentos.
A defesa de Roger Dantas não atendeu as ligações.
A reportagem tenta contato com os demais citados.
O juiz diretor do foro eleitoral disse que, por enquanto, a Justiça eleitoral não vai tomar nenhuma medida e vai aguardar o resultado da operação.
Uso de notas fiscais frias de gráficas
O grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-MG, responsável pela ação, informou que a operação investiga desvio de recursos da verba indenizatória de gabinete da Casa, por meio de uso de notas fiscais frias de gráficas.
"Tivemos nesses últimos três anos 17,5 milhões de informativos impressos por esses vereadores, que corresponde a 35 informativos por eleitor. Obviamente esse número é irreal, se fizer pesquisa percebemos que muitas pessoas nas ruas não receberam informativos", disse o promotor de Justiça Daniel Marotta Martinez.
Ainda segundo o promotor, durante a operação “O Poderoso Chefão”, o dono de uma gráfica afirmou ter uma empresa de fachada utilizada para desvio de verbas indenizatórias. Com base nestas informações, o Gaeco começou a verificar quais outras gráficas eram utilizadas pelos parlamentares já presos.
“De janeiro de 2017 a dezembro de 2019 os vereadores gastaram mais de R$ 4 milhões em serviços de impressões. Constatamos que essas gráficas não tinham capacidade de prestar esse tipo de serviço que estão nas notas. Não se compravam insumos usados. Algumas funcionam, sim, regularmente, mas não compravam material suficiente dos descritos nas notas fiscais. As notas são rigorosamente do mesmo valor para vereadores diferentes", explicou.
Veja o nome dos vereadores investigados nesta operação
Alexandre Nogueira (PSD) - AFASTADO
Ceará (PSC)
Doca Mastroiano (PL)
Dra. Flavia Carvalho (PDT)
Dra. Jussara (PSB)
Felipe Felps (PSB)
Hélio Ferraz, Baiano (PSDB) - Presidente da Câmara
Isac Cruz (Republicanos)
Juliano Modesto (SD) - AFASTADO
Marcio Nobre (PSD)
Pâmela Volp (PP)
Paulo César PC (SD)
Ricardo Santos (PP)
Rodi (PL)
Roger Dantas (Patriota)
Ronaldo Alves (PSC)
Silésio Miranda (PT)
Vico (Sem Partido)
Vilmar Resende (PSB)
Wender Marques (PSB)
O que dizem os citados
A vereadora Dra. Jussara informou por meio da assessoria que está apresentando toda documentação solicitada. Dessa forma, vai esclarecer tudo o mais rápido possível. Disse também que sempre trabalhou com total lisura, ética e compromisso com a verdade e a honestidade.
A advogada do vereador Ricardo Santos disse que vai prestar todos os esclarecimentos e a defesa de Hélio Ferraz, o Baiano, informou que ainda está tomando ciência do caso.
O advogado de Rodi falou para a TV Integração que ainda não teve acesso ao procedimento do MP, que a prisão é preventiva e vai manifestar após ter acesso aos documentos.
A defesa de Roger Dantas não atendeu as ligações.
A reportagem tenta contato com os demais citados.
O juiz diretor do foro eleitoral disse que, por enquanto, a Justiça eleitoral não vai tomar nenhuma medida e vai aguardar o resultado da operação.
G1 MG
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