Petrolândia recebe cinema na Praça da Matriz em movimento contra projeto de usina nuclear no Sertão de Itaparica

Na noite desta quarta-feira, 20 de novembro, a partir das 19h30min, será apresentado em sessão aberta ao público, na Praça da Matriz, em Petrolândia, o filme japonês Fukushima - 5 dias decisivos, que trata de acidente ocorrido em instalação nuclear do país asiático. À tarde, durante evento comemorativo ao Dia da Consciência Negra, membros do Comitê Antinuclear de Pernambuco visitaram a Escola de Referência em Ensino Médio-EREM Maria Cavalcanti Nunes, no centro da cidade, para falar rapidamente sobre a questão nuclear no Sertão de Itaparica e convidar para a sessão de cinema (confira no vídeo abaixo).

Fizeram pronunciamentos o Padre Luciano Aguiar (Diocese de Floresta e ONG Provida), professor Daniel Filho (EREM Jatobá e blogueiro), Ângelo Bueno (representante do Conselho Indigenista Missionário-CIMI, em Pernambuco) e Heitor Scalambrini Costa, professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco-UFPE, além de autor de diversos artigos publicados neste Blog.

A apresentação do filme na Praça da Matriz é gratuita e tem apoio da Prefeitura Municipal de Petrolândia. Após a exibição, haverá debate sobre o tema, com discussão sobre o projeto de construção de complexo nuclear em Itacuruba, às margens do rio São Francisco, no Sertão de Pernambuco.

FUKUSHIMA - 5 DIAS DECISIVOS

Diretor: Futoshi Sato, Japão, 2016, 90min
Sinopse: Em 11 de março de 2011, um maremoto de magnitude 8,7 atingiu a Central Nuclear de Fukushima I, provocou derretimento de três dos quatro reatores da usina, vazamento de gases, explosões e liberação de materiais radioativos que contaminaram o ambiente. Segundo o Primeiro Ministro à época, Naoto Kan, foi o dia em que o Japão quase desapareceu. 
O filme aborda o desastre, que se configurou como o maior ocorrido no mundo, e a relação conflituosa entre o governo japonês, a população e a companhia responsável pela construção e administração da usina nuclear de Fukushima. Naoto Kan se tornou ativista antinuclear em função do que viu e viveu naqueles dias decisivos: dificuldades, ameaças, surpresas.

Redação do Blog de Assis Ramalho