O Dia do Músico é comemorado anualmente em 22 de novembro. Esta data homenageia os artistas que interpretam melodias e harmonias que encantam a humanidade há milhares de anos.
Nesta quinta-feira (22/11/2019), m rede social, a prefeitura de Petrolândia faz referência ao compositor João Teixeira Guimarães, o popular João Pernambuco, natural da antiga cidade de Jatobá/PE, hoje Petrolândia/PE.
Neste Dia do Músico, em nome da Prefeitura de Petrolândia, desejamos um feliz dia a todos os músicos e musicistas petrolandenses, com a imagem deste ícone da música brasileira e filho da nossa terra, João Pernambuco.
João Teixeira Guimarães, mais conhecido como João Pernambuco, nasceu em Jatobá - atual Petrolândia, em 02 de novembro de 1883. Filho de Teresa Vieira e do português Manuel Teixeira Guimarães, com o falecimento do pai em 1891 a mãe casou-se novamente, transferindo-se com a família para o Recife. Começou a tocar viola na infância, por influência dos cantadores e violeiros locais. Aprendeu a tocar violão com cantadores sertanejos como Bem-te-vi, Mandapolão, Manuel Cabeceira, o cego Sinfrônio, Fabião das Queimadas e Cirino Guajurema.
Em 1902, mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a residir com sua irmã e empregando-se numa fundição. Seis anos depois passou a trabalhar como servente na prefeitura do Rio, mudando-se para uma pensão no centro da cidade. No Rio travou contato com violonistas populares, ao mesmo tempo em que trabalhava como ferreiro, em jornadas de até dezesseis horas diárias. Para os seus amigos e admiradores, em número sempre crescente, contava e cantava coisas de sua terra, daí o apelido de João Pernambuco.
Já em 1908, era considerado um dos bambas do Choro, ao lado de nomes como Quincas Laranjeiras, Ernani Figueiredo, Zé do Cavaquinho e Satyro Bilhar.
Compunha músicas de inspiração nordestina, baseadas em cantigas folclóricas. É o caso do hino Luar do Sertão, composto em 1911, seu maior sucesso, não creditado pelo parceiro letrista Catulo da Paixão Cearense, que ficou como o único autor. Pixinguinhacertificou em sua entrevista no Museu da Imagem e do Som que ele ouviu João Pernambuco tocá-la antes de Catulo colocar a letra. João e Catulo apresentavam-se juntos em reuniões da classe alta carioca.
Paralelamente ao Choro, desenvolvia seu trabalho nas canções regionais através de composições suas e de violeiros e cantadores nordestinos. João Pernambuco também cantava e cantava bem. Nas cordas, além do violão, que manejava com maestria e no qual desenvolveu uma técnica peculiar, era hábil na viola. Compôs mais de cem músicas entre choros, valsas, jongos, maxixes, emboladas, toadas, cocos, prelúdios e estudos.
Em 1916, montou a Troupe Sertaneja, com que se apresentou em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Participou dos Turunas Pernambucanos e dos Oito Batutas, entre 1919 e 1922, ao lado de Pixinguinha, que mais tarde alcançaria fama ao excursionar pela Europa.
Amigos desde 1912, Donga, Pixinguinha (este com quatorze anos) e João moravam numa república na rua do Riachuelo 268. Era de lá que saia nos carnavais o Grupo Caxangá e foi também nesta época que produziram Sabia, Os Três Companheiros e Estou Voltando. Estiveram juntos de 1914 até 1919 no Caxangá e de 1919 até 1922 nos Oito Batutas, que nesta fase era um conjunto predominantemente sertanejo.
De 1928 até 1935, João Pernambuco morou no casarão da Av. Mem de Sá, 81, onde funcionava uma república que abrigava, em sua maioria, músicos e jogadores de futebol. Lá João organizava animadas e concorridas rodas de choro que contavam com a participação de Donga, Pixinguinha, Patrício Teixeira, Rogério Guimarães e, ocasionalmente, Villa-Lobos. Foi também neste lugar que João conheceu, por intermédio de seu amigo Levino, um então jovem e promissor violonista chamado Dilermando Reis.
A santíssima trindade dos precursores do violão brasileiro é constituída por Quincas Laranjeiras, João Pernambuco e Levino Albano da Conceição e a obra violonística de João era de tal densidade e profundidade que a ela assim Villa-Lobos se manifestou:
"João Pernambuco está para o violão assim como Ernesto Nazareth está para o Piano".
O exímio violonista Maurício Carrilho certa vez escreveu o seguinte sobre João Pernambuco e sua música: "Dificilmente se encontra um violonista brasileiro, seja ele músico erudito ou popular, que não tenha em seu repertório alguma música do João."
Junto com a música de Heitor Villa-Lobos, a obra de João Pernambuco tornou-se "a mais legítima expressão do jeito brasileiro de tocar o violão", acrescentou Maurício.
Principais sucessos
Caboca di Caxangá (com Catulo da P. Cearense)
Dengoso
Estou voltando (com Pixinguinha e Donga)
Estrada do sertão (com Hermínio Bello de Carvalho)
Graúna
Interrogando
Luar do sertão (com Catulo da Paixão Cearense)
Rosa carioca
Sons de carrilhões
Valsa em lá[5]
Discografia[editar | editar código-fonte]
Mimoso (1926) Odeon 78
Lágrimas (1926) Odeon 78
Magoado (Com Nelson Alves) (1926) Odeon 78
Sons de carrilhão (Com Nelson Alves) (1926) Odeon 78
Pó de mico/Suspiro apaixonado (1930) Columbia 78
Sonho de magia/Magoado (1930) Columbia 78
Rosa carioca/Rebuliço (1930) Columbia 78
Interrogando/Recordando (1930) Columbia 78
Sentindo/Dengoso (1930) Columbia 78
Blog de Assis Ramalho
Informação: Wikipédia
Em 1902, mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a residir com sua irmã e empregando-se numa fundição. Seis anos depois passou a trabalhar como servente na prefeitura do Rio, mudando-se para uma pensão no centro da cidade. No Rio travou contato com violonistas populares, ao mesmo tempo em que trabalhava como ferreiro, em jornadas de até dezesseis horas diárias. Para os seus amigos e admiradores, em número sempre crescente, contava e cantava coisas de sua terra, daí o apelido de João Pernambuco.
Já em 1908, era considerado um dos bambas do Choro, ao lado de nomes como Quincas Laranjeiras, Ernani Figueiredo, Zé do Cavaquinho e Satyro Bilhar.
Compunha músicas de inspiração nordestina, baseadas em cantigas folclóricas. É o caso do hino Luar do Sertão, composto em 1911, seu maior sucesso, não creditado pelo parceiro letrista Catulo da Paixão Cearense, que ficou como o único autor. Pixinguinhacertificou em sua entrevista no Museu da Imagem e do Som que ele ouviu João Pernambuco tocá-la antes de Catulo colocar a letra. João e Catulo apresentavam-se juntos em reuniões da classe alta carioca.
Paralelamente ao Choro, desenvolvia seu trabalho nas canções regionais através de composições suas e de violeiros e cantadores nordestinos. João Pernambuco também cantava e cantava bem. Nas cordas, além do violão, que manejava com maestria e no qual desenvolveu uma técnica peculiar, era hábil na viola. Compôs mais de cem músicas entre choros, valsas, jongos, maxixes, emboladas, toadas, cocos, prelúdios e estudos.
Em 1916, montou a Troupe Sertaneja, com que se apresentou em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Participou dos Turunas Pernambucanos e dos Oito Batutas, entre 1919 e 1922, ao lado de Pixinguinha, que mais tarde alcançaria fama ao excursionar pela Europa.
Amigos desde 1912, Donga, Pixinguinha (este com quatorze anos) e João moravam numa república na rua do Riachuelo 268. Era de lá que saia nos carnavais o Grupo Caxangá e foi também nesta época que produziram Sabia, Os Três Companheiros e Estou Voltando. Estiveram juntos de 1914 até 1919 no Caxangá e de 1919 até 1922 nos Oito Batutas, que nesta fase era um conjunto predominantemente sertanejo.
De 1928 até 1935, João Pernambuco morou no casarão da Av. Mem de Sá, 81, onde funcionava uma república que abrigava, em sua maioria, músicos e jogadores de futebol. Lá João organizava animadas e concorridas rodas de choro que contavam com a participação de Donga, Pixinguinha, Patrício Teixeira, Rogério Guimarães e, ocasionalmente, Villa-Lobos. Foi também neste lugar que João conheceu, por intermédio de seu amigo Levino, um então jovem e promissor violonista chamado Dilermando Reis.
A santíssima trindade dos precursores do violão brasileiro é constituída por Quincas Laranjeiras, João Pernambuco e Levino Albano da Conceição e a obra violonística de João era de tal densidade e profundidade que a ela assim Villa-Lobos se manifestou:
"João Pernambuco está para o violão assim como Ernesto Nazareth está para o Piano".
O exímio violonista Maurício Carrilho certa vez escreveu o seguinte sobre João Pernambuco e sua música: "Dificilmente se encontra um violonista brasileiro, seja ele músico erudito ou popular, que não tenha em seu repertório alguma música do João."
Junto com a música de Heitor Villa-Lobos, a obra de João Pernambuco tornou-se "a mais legítima expressão do jeito brasileiro de tocar o violão", acrescentou Maurício.
Principais sucessos
Caboca di Caxangá (com Catulo da P. Cearense)
Dengoso
Estou voltando (com Pixinguinha e Donga)
Estrada do sertão (com Hermínio Bello de Carvalho)
Graúna
Interrogando
Luar do sertão (com Catulo da Paixão Cearense)
Rosa carioca
Sons de carrilhões
Valsa em lá[5]
Discografia[editar | editar código-fonte]
Mimoso (1926) Odeon 78
Lágrimas (1926) Odeon 78
Magoado (Com Nelson Alves) (1926) Odeon 78
Sons de carrilhão (Com Nelson Alves) (1926) Odeon 78
Pó de mico/Suspiro apaixonado (1930) Columbia 78
Sonho de magia/Magoado (1930) Columbia 78
Rosa carioca/Rebuliço (1930) Columbia 78
Interrogando/Recordando (1930) Columbia 78
Sentindo/Dengoso (1930) Columbia 78
Blog de Assis Ramalho
Informação: Wikipédia
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