Lucinha Mota, mãe de Beatriz, fez a denúncia na Corregedoria na quarta-feira (16). A investigação paralela, realizada pela família da menina, revelou o possível envolvimento de um perito que trabalhou no caso, com o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão do Estado, onde o crime aconteceu.
De acordo com a mãe de Beatriz, o profissional, que não teve o nome revelado, teria elaborado um plano de segurança para a instituição de ensino enquanto investigava o caso. As possíveis evidências encontradas pela família não foram divulgadas à imprensa para que as investigações da SDS não sejam atrapalhadas.
Por meio de nota, a Corregedoria Geral da SDS confirmou o recebimento da denúncia de Lucinha e informou que uma investigação preliminar será instaurada para apurar os fatos. A nota diz também que as partes envolvidas e testemunhas serão ouvidas, e que também serão feitas análises em documentos e materiais que colaborem com as investigações. Ainda de acordo com a SDS, um Procedimento Administrativo Disciplinar poderá ser instaurado caso a investigação preliminar identifique elementos suficientes.
O Colégio Nossa Senhora Auxiliadora informou que não teve acesso ao teor da manifestação da família de Beatriz e que não pode emitir qualquer declaração sobre o assunto. “A unidade de ensino reforça que está acompanhando atentamente os desdobramentos da denúncia e no momento oportuno manifestará sua defesa, caso se faça necessário”, diz a nota da instituição de ensino enviada à imprensa.
Entenda o caso:
A menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, foi encontrada morta dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no dia 10 de dezembro de 2015. Após se afastar da família para beber água, a garota desapareceu e seu corpo foi encontrado cerca de 40 minutos depois, com 42 golpes de faca, dentro de um depósito de material esportivo da escola. Até hoje, nenhum suspeito do crime foi preso.
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