O diretor-presidente da Eletronuclear falou sobre a estrutura da empresa, que hoje conta com 1.700 funcionários, sendo 1.291 em Angra, e fatura anualmente, em receita bruta, R$ 3,4 bilhões. Com as usinas Angra 1 e Angra 2, a Eletronuclear produz 40% da energia do estado do Rio de Janeiro e 3% da energia do Brasil. Além de outros dados sobre desempenho operacional, o representante da empresa falou sobre a cultura de segurança que a instituição possui e as formas de fiscalização da atividade nuclear. A produção da empresa é fiscalizada por quatro órgãos (Comissão Nacional de Energia Nuclear, Ibama, Agência Internacional de Energia Atômica e The World Association of Nuclear Operators) e também por institutos de resseguros.
O diretor-presidente abordou também as etapas para a implantação de novas usinas nucleares no Brasil e os impactos socioeconômicos que uma unidade em Itacuruba pode gerar para a comunidade local. “O modelo de negócio será diferente do das usinas de Angra [1 e 2] e parecido com a de Angra 3, com participação do capital privado”, explicou, lembrando, com otimismo, que o projeto para a construção de Angra 3 foi retomado por meio de um decreto presidencial neste ano.
O prefeito de Angra destacou que a matriz energética nuclear é muito importante para o país e que o município de Angra dos Reis possui uma relação muito boa com a Eletronuclear, que ele afirmou ser uma empresa com compromisso socioambiental.
– Nós temos uma boa parceria com a Eletronuclear. Tanto que acabamos de firmar um convênio de R$ 6 milhões para a construção de duas unidades de saúde: uma no Frade e a outra no Parque Mambucaba – exemplificou o prefeito. A verba virá da empresa.
O prefeito lembrou aos parlamentares pernambucanos que quando era deputado federal propôs um projeto para que os municípios que sediarem usinas nucleares tenham direto, além do ISS e parte do ICMS, a royalties da energia produzida, de forma semelhante a como acontece com a produção de petróleo.
– O projeto está tramitando e passando por alterações. Vocês podem fazer proposições e juntar o meu projeto ao de vocês – sugeriu, reforçando que a região de Angra cresceu muito com a usina.
Também estiveram presentes o vereador de Angra, Thimoteo Cavalcanti, e o cacique Domingos, representando a comunidade indígena da região, que reforçou o papel do setor na economia e para os trabalhadores locais.
– A usina é importante para a economia, não só em Angra, mas em todo o Brasil. Ela traz empregos, e temos muitos trabalhadores desempregados por aqui. Não dá mais para viver de caça e pesca, porque não há mais o suficiente – disse o líder indígena. – Quando as usinas param, os trabalhadores ficam torcendo para que elas voltem – completou o vereador.
A comitiva de Pernambuco prosseguiu em sua visita, passando por vários setores do complexo nuclear, como as salas de controle e turbinas de Angra 2, Centro de Gerenciamento de Rejeitos, Centro de Treinamento, Laboratório de Monitoração Ambiental, dentre outros. Nesta sexta-feira (18), os parlamentares visitam o Hospital de Praia Brava, o Hospital Geral Municipal da Japuíba, a Clínica da Dor e a UPA. Eles também passarão pelo Centro de Angra, para um almoço no cais de Santa Luzia.
Assessoria de Comunicação
Prefeitura de Angra dos Reis - RJ
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