sábado, outubro 12, 2019

Cursos capacitam e garantem trabalho autônomo a ex-detentos



Retornar ao mercado de trabalho depois de passar pela prisão é um desafio que envolve sensibilidade das empresas, comprometimento dos reeducandos e iniciativas que possibilitem o recomeço. Em Pernambuco, eles contam com cursos de qualificação e a vagas de trabalho firmadas com empresas públicas e privadas. Para mudar de vida, 2.114 egressos trabalham como autônomos e empreendedores. Os cumpridores são acompanhados pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), responsável pela reinserção social dessas pessoas.

O Patronato Penitenciário, órgão vinculado à SJDH, acompanha os ex-detentos com aporte psicossocial e jurídico, além de viabilizar cursos de qualificação. Há seis meses, José Amaro, 25, que cumpre pena no regime aberto, trabalha como pedreiro. O reeducando fez cursos de Pedreiro, Manutenção Elétrica e Doces e Salgados no Patronato.

“Como não consegui um trabalho tão rápido, resolvi investir na minha qualificação e com os cursos passei a trabalhar para mim mesmo, sem precisar de patrão. Consigo ganhar o suficiente para manter minha vida com dignidade, mas é preciso ter força de vontade”, explica Amaro.

Atualmente, 100 egressos estão fazendo cursos, através de parcerias com empresas privadas nas áreas de mecânica, estética e refrigeração. “Reflete na preocupação que temos com futuro dos reeducandos e suas famílias. Muitos estão trabalhando por meio de convênios, outros estão usando o aprendizado das aulas para empreender”, conta o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

Já são 3.197 pessoas entre os apenados que trabalham como autônomos, empreendedores e conveniados. Desses, mais de 70% passaram por cursos profissionalizantes, aponta um levantamento da SJDH.

Foto: Ray Evllyn / SJDH
SJDH

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