segunda-feira, setembro 16, 2019

Petrolândia: Pré-candidaturas anunciadas esquentam clima de disputa eleitoral na cidade



Em Petrolândia, o horizonte da campanha eleitoral de 2020 está cada vez mais enevoado. Nesta segunda-feira (16), em entrevista ao Blog de Assis Ramalho e da Web Rádio Petrolândia, na qual confirma que pode ser novamente candidato a prefeito no próximo ano, o empresário Amadeu de Souza Lima deixa claras suas pretensões de concorrer ao cargo que ocupou entre 1993 e 1996. Com o mandato aprovado pela comunidade, o talvez único prefeito que "entrou rico e saiu pobre" diz receber apelos da população para que volte a ser gestor da cidade. De acordo com Amadeu, nada foi conversado até agora pelo grupo do governo sobre a sucessão municipal no próximo ano. As declarações do ex-prefeito, apesar de ele colocar o grupo como prioridade, só aumentam a percepção do aparente descompasso em que anda o PSB em Petrolândia, desde as eleições de 2016.

Se, há alguns meses, as atenções recaíram sobre os movimentos internos do PTB e o grupo de oposição, com vários pré-candidatos declarados ou sugeridos, agora os olhos se voltam para o PSB. A prefeita Jane Souza é, conforme discurso corrente entre os membros do partido, a candidata da vez a reeleição. Outros nomes declaradamente à disposição do partido são os ex-prefeitos Lourival Simões e Amadeu, a partir de hoje. Conste-se que o PSB é o partido do governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

Politicamente, Amadeu é ligado ao deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM), do clã Coelho de Petrolina, de quem Joilton Pereira (PTB), presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal e pré-candidato declaradíssimo também ao cargo de prefeito, se aproximou e por quem agora é apoiado.

De acordo com um estudioso ex-prefeito de Petrolândia, historicamente, nenhum candidato a prefeito derrotado numa eleição municipal conseguiu vencer nas tentativas seguintes. Segundo ele, essa é a regra, baseada nas eleições nos mais de 5.000 municípios brasileiros. Alguma exceção, talvez exista, mas é rara. Seguida essa lógica, para suceder Jane, caso ela não deseje concorrer a reeleição, o PSB mais facilmente vai indicar um nome novo na política, como fez com na última eleição ao lançar Ricardo Rodolfo (PR), numa renovação sugerida e elogiada pelo ex-prefeito Dr. Marcos, um nome que já está na política, mas atua com discrição para evitar desgaste até a eleição. Ou, em terceira opção, um ex-prefeito não derrotado nas urnas. Tirar um nome da "base de apoio" é improvável.

Redação do Blog de Assis Ramalho

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