Segundo a polícia, galpão descoberto na Zona Sul do Recife era usado como central de distribuição de mercadorias roubadas ou desviadas do destino — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Segundo o delegado de Roubos e Furtos de Cargas, Edmilson Batista, o espaço servia como ponto para a ações de um grupo organizado envolvido com o comércio de produtos roubados ou extraviados.
"Era um centro de distribuição. Estamos diante de um condomínio logístico de pessoas que usam nos seus comércios produtos ilícitos", declarou o delegado.
A descoberta do galpão ocorreu na segunda-feira (9), durante uma investigação de um extravio de uma carga de pilhas avaliada em R$ 500 mil. Os detalhes da ação foram divulgados, nesta quarta-feira (11), durante entrevista coletiva realizada no Recife.
Imagens divulgadas pela polícia mostram uma grande quantidade e variedade de produtos estocados no galpão. Havia fardos de alimentos, produtos e rações para animais, bebidas alcoólicas, além de materiais de limpeza e higiene pessoal.
Além da carga de pilha, a polícia encontrou notas fiscais de um carregamento de biscoitos avaliado em R$ 200 mil. Havia produtos que deveriam ter sido entregues em outros estados e nunca chegaram ao destino final.
“Encontramos no local caminhão que estava sendo carregado, empilhadeiras e três câmeras frias. Isso mostra que o galpão tinha condições de receber qualquer tipo de carga e em grande quantidade. Também mostra a organização dos responsáveis”, afirma o delegado.
Na ação, dois homens responsáveis pela logística foram encontrados no espaço, mas não houve prisões. “Os donos não estavam no galpão, mas já temos a identificação de algumas pessoas, que deverão ser indiciadas”, disse Batista.
Os envolvidos, afirmou o delegado, podem ser enquadrados em vários crimes. Entre eles estão receptação qualificada, apropriação de cargas e até infrações contra a ordem tributária.
"Em alguns casos, motoristas contratados para fazer o transporte podem ter extraviado a mercadoria e levado para o galpão", comentou o delegado.
O mesmo galpão, de acordo com a polícia, já tinha sido alvo de uma operação, em novembro de 2017. Na época, o dono foi preso. Agora, acreditamos que esses dois casos podem ter ligação”, comentou.
Por G1 PE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.